O mercado erótico está cada vez mais diversificado, oferecendo uma vasta gama de brinquedos para uso individual ou em companhia de alguém. Dentre tantas opções que prometem intensificar o prazer, surge uma questão importante: Vício no uso de vibradores realmente existe? Não é incomum encontrar relatos de pessoas que, com o tempo, passaram a depender desses produtos para alcançar o prazer. Muitas mulheres, por exemplo, podem sentir dificuldade em atingir o orgasmo sem o uso dos vibradores, o que levanta preocupações sobre uma possível dependência.
Assim como qualquer outro tipo de vício, a dependência de vibradores pode prejudicar a saúde sexual. Embora a prática proporcione prazer imediato, o uso excessivo pode acabar criando um ciclo de necessidade, em que o estímulo oferecido pelos vibradores se torna o único caminho para a satisfação. Isso, por sua vez, pode influenciar a forma como o corpo reage ao prazer e diminuir a sensibilidade natural.
Para esclarecer melhor o tema e entender as consequências desse hábito, reunimos algumas informações e orientações. Vamos explorar as implicações desse assunto delicado, trazendo um olhar atento e realista sobre o uso responsável dos toys. Confira a seguir!
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Vicio no uso de vibradores existe?
É possível encontrar toys com as mais diversas intensidades, tamanhos, cores e texturas. Com isso, os produtos se tornaram quase que item obrigatório no guarda-roupa de várias mulheres. Isso leva à discussão: o item proporciona tanto prazer ao ponto de virar vício? De acordo com a ginecologista e sexóloga Maria Carolina Dalboni, o vibrador em si não causa vício de forma tão intensa, mas a masturbação em excesso, sim. Essa pode ser considerada um risco.
“Está mais relacionado a um lado psicológico do que ao fator mecânico do vibrador. O que pode acontecer é que a pessoa pode se acostumar com aquela sensibilidade, com aquele estímulo vibratório contínuo e achar que outras técnicas não estão mais funcionando”.
Apesar dos benefícios, algumas pessoas têm receio de incorporar sex toys à sua vida íntima por medo de que o corpo se acostume com o estímulo e acabe dificultando o prazer em relações com parceiros. Esse receio é compreensível, mas a chave para evitar qualquer dependência está em manter o equilíbrio e usar os vibradores de maneira moderada.
“Após um tempo de uso, pode ser que você se adapte às vibrações e precise de intensidades mais fortes para ter o mesmo resultado, mas isso não tem a ver com o brinquedo sexual, e com a dinâmica repetitiva da masturbação”.
A ginecologista explica que não há motivo para temer os vibradores. Quando utilizados de forma complementar, eles podem enriquecer a vida sexual sem ocupar o papel principal. O uso consciente é fundamental para que o brinquedo seja um aliado, e não uma necessidade exclusiva.
“Hoje, a mulher está se conhecendo e falando abertamente sobre o assunto, por isso, não há por que ter medo de descobrir o próprio prazer com os vibradores”.
Michelle Sampaio, psicóloga e especialista em sexualidade humana, acrescenta que o vício é algo complexo e depende tanto de fatores psicológicos quanto fisiológicos. Em outras palavras, os vibradores em si não causam dependência. O que deve ser observado é o comportamento do usuário: se o uso começa a afetar a rotina e a pessoa passa a negligenciar atividades diárias para utilizá-lo, é sinal de que pode haver um problema em potencial.
“Mas mesmo quando acontece isso, o descontrole está geralmente associado à busca pelo prazer causado pela masturbação e não ao vibro em si”.
Como utilizar os vibradores de forma consciente?
1. Explore todo o corpo
Diferente do que muitos pensam, o vibrador não serve apenas para estimular a região genital! O toy pode ser um ótimo massageador erótico quando utilizado nas zonas erógenas do corpo, como barriga, mamilos, atrás dos joelhos e pescoço. As mulheres precisam de estímulos extras para alcançar o prazer intenso e chegar ao orgasmo mais facilmente. Então, é importante permitir-se conhecer melhor.
2. Evite o uso em todas as relações
O vibrador pode ser um ótimo complemente na relação sexual, mas é interessante deixa-lo de lado, às vezes, para viver o momento com a parceria. Troquem carícias, utilizem os dedos, a língua e pressões causadas pelas mãos na hora do estímulo. Adicione o vibrador somente em ocasiões especiais ou quando quiserem sair da rotina.
3. Higienize bem e guarde em lugar limpo
A limpeza correta do sex toy é essencial, uma vez que ele pode acumular vários tipos de bactérias e fungos. Logo, o correto é usar produtos destinados a eles, como o Limpa Vibrio. Esse higienizador protege o sex toy de fungos, bactérias e qualquer microrganismo que possa causar problemas. Além disso, ainda aumenta a vida útil do vibrador, uma vez que possui ação anti-ressecamento.
Fontes: Metropoles; A Gazeta; Azmina; UOL; Metropoles; Estado de Minas