Sexo na menopausa pode ser tão prazeroso quanto antes dela. Afinal, a menopausa é a fase em que o organismo da mulher deixa de ovular e perde a sua capacidade reprodutiva, mas não o seu potencial de sentir prazer e de ter orgasmo.
Durante esse novo ciclo, que não se trata de uma doença, o corpo da mulher vivencia alterações comuns e naturais. Um dos exemplos é a queda do estrogênio. Com o fim da capacidade reprodutiva, o corpo da mulher produz esse hormônio em menor quantidade. É ele que atua de forma direta na reprodução feminina.
Secura vaginal, dores durante o sexo e a falta de libido são comuns e normais diante de todas as alterações em que a mulher passa na menopausa. Confira a seguir os detalhes de cada uma delas.
Desafios do sexo na menopausa
1- Ressecamento vaginal
A queda de estrogênio durante a menopausa afeta a lubrificação vaginal. No entanto, é possível reverter o ressecamento com a aplicação frequente de cremes vaginais no local. Assim, o produto forma uma camada protetora nas paredes do genital. Além disso, existem lubrificantes à base de água, que atuam de modo pontual durante o contato íntimo.
2- Diminuição da libido
Imagine um corpo que está passando por uma “reprogramação”. É mais ou menos isso o que acontece durante o climatério. Nessa fase a mulher passa por um efeito em cadeia. Assim, com o cessar da reprodução, o hormônio que ativa a libido durante o período fértil já não é o suficiente para acionar o apetite sexual. Nesse sentido, é comum a queda da libido.
3- Dores durante o ato sexual
A falta de libido, bem como a secura vaginal, vão gerar dores durante o ato sexual. Nesse sentido, é um ginecologista que vai indicar o tratamento adequado para cada pessoa. Alguns tipos de terapias são o uso de cremes locais, lasers e, em alguns casos, a reposição hormonal.
É importante amenizar esses incômodos antes que a mulher associe o sexo à dor. Assim, muitas podem evitar o contato íntimo mesmo ao controlar os sintomas. Nesses casos, o trabalho de uma sexóloga pode ajudar a mulher a voltar a ter prazer durante o sexo.
O que fazer para sentir prazer no sexo na menopausa?
Menopausa é a fase em que a mulher entra quando passa, pelo menos, 1 ano inteiro sem a presença de sangue no canal vaginal.
Como já foi dito, a menopausa não é uma doença. Apesar disso, os incômodos que surgem com ela não são nada agradáveis. Nessa fase a mulher sente calores pelo corpo, tem uma maior irritabilidade e, em alguns casos, pode entrar em depressão.
No entanto, é possível se preparar já no climatério. Ou seja, durante a pré-menopausa, quando o ciclo menstrual se desregula, mas ainda há a presença de sangramento, mesmo em um fluxo menor do que antes. Portanto, é possível colocar algumas dicas em prática e não dar adeus ao seu prazer! Veja como a seguir:
1- Ressignificar o prazer
A menopausa pode até parecer um “bicho papão do prazer”. No entanto, vale lembrar que a maturidade tem seus aspectos positivos para o sexo, como um conhecimento maior do próprio corpo. Além disso, nessa fase é comum ter menos inseguranças e, no geral, uma relação estável com um parceiro (parceira).
Se você está lendo esse texto ainda e está longe de chegar na menopausa, saiba que é importante preservar a saúde sexual durante todas as fases da vida. Não apenas na menopausa.
2- Sexo na menopausa: Apoio do parceiro
Durante a andropausa o homem também tem uma redução da libido, mas está longe de se comparar às mudanças que a mulher vivência na menopausa.
Nesse sentido, é importante que o casal teste novas carícias e estímulos que não se reduzem, apenas, aos genitais, mas em todo o corpo. A pele, inclusive, é um órgão e tem neurotransmissores de prazer por toda a sua estrutura.
O mais importante é saber que o prazer não se resume à penetração e existem várias práticas sexuais e maneiras de explorar a sexualidade. Assim, pense na menopausa, não apenas nos aspectos incômodos, mas também como um convite para repensar a sexualidade e descobrir novos caminhos para o prazer.
3- Ginástica íntima e lubrificantes
Até mesmo mulheres que não estão na menopausa podem ter uma lubrificação insuficiente para o ato sexual. Geralmente, isso acontece pela falta de estímulos.
No entanto, não pense que a responsabilidade da sua satisfação sexual é toda do seu parceiro. Antes de mais nada, a sua sexualidade, é uma responsabilidade sua. Nesse sentido, é importante o conhecer o próprio corpo. Isso começa na masturbação, no ato de se tocar e se conhecer.
Além disso, a ginástica íntima ou o pompoarismo é um grande aliado para a saúde sexual. Os exercícios de contrair e relaxar os músculos da pélvis fortalecem a vagina e o esfíncter anal. O pompoarismo também contribui para o aumento da lubrificação natural e da libido.
Assim, os exercícios não têm contraindicação de idade, e combinam com a menopausa. O uso de lubrificante à base de água, de forma pontual durante o sexo, também ajuda nessa fase.
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4- Procure um tratamento personalizado
Muitas são as opções para controlar e reduzir os efeitos da menopausa. O mais tradicional, nesse sentido, é a reposição hormonal. No entanto, há alternativas como o uso de florais e até a acupuntura para mulheres que possuem alguma contraindicação.
Outra opção para quem não pode fazer a reposição com o hormônio é a aplicação do hormônio local, ou seja, diretamente na vagina.
5- Laser íntimo
O laser de CO2 vaginal vem sendo a melhor terapia para a menopausa.
Aprovado pela Anvisa e pela Sociedade Brasileira de Medicina o tratamento é seguro e é feito sob o uso de analgésicos. Em média, é necessário um total de três sessões para que a mulher sinta os benefícios, que são:
- Aumento da elasticidade e da vascularização vaginal;
- Tratamento da incontinência urinária;
- Aumento da libido;
- Maior satisfação sexual.
Gostou destas dicas?
Fontes: gauchazh; novamulherclinica; drafernandatorras; universa.