Responsabilidade afetiva

Responsabilidade afetiva: o que é e qual sua importância?

Muitas pessoas já ouviram falar sobre responsabilidade afetiva, mas não sabem do que se trata e o quão importante isso é para qualquer tipo de relação, principalmente amorosa.

Vários casais são formados por uma pessoa que leva o relacionamento como algo momentâneo e passageiro, enquanto a outra entende a relação como algo sério e duradouro.

É aí que entra a importância da responsabilidade afetiva. É saber lidar com essa diferença a fim de não causar danos à parceria. A maturidade é essencial nesse caso!

O que é responsabilidade afetiva?

De acordo com a psicologia, a responsabilidade afetiva ocorre quando um indivíduo é cuidadoso com os sentimentos de outras pessoas, demonstrando respeito pelos limites e compreensão de seu papel e influência sobre as expectativas que cria. Esse princípio se aplica a todos os tipos de relações, ultrapassando os limites do romance.

É essencial enxergar o outro como você mesmo, reconhecendo seus sentimentos, virtudes e falhas. Somente assim é possível compreender a importância de construir relações baseadas em comunicação franca e empatia. No entanto, para abordar esse tema em suas interações com os outros, é necessário começar internamente.

Assim, torna-se crucial reconhecer o momento de vida em que você se encontra, avaliando a disponibilidade afetiva para novas relações. Existem alguns questionamentos importantes para chegar a uma conclusão.

Você está aberto para que outra pessoa entre e faça parte de sua vida? Está, atualmente, onde gostaria de estar? Alguma relação anterior ainda está mal resolvida? Você é verdadeiramente feliz com essa pessoa ao seu lado? Responder a essas questões de forma sincera pode auxiliar na reflexão sobre a responsabilidade afetiva em suas relações.

Como ser uma pessoa com responsabilidade afetiva?

1. Seja transparente sobre seus sentimentos

Deixar claras as intenções é praticar a comunicação não violenta. É expressar os sentimentos de forma madura, ética e empática, sem amplificar o sofrimento do outro.

De acordo com os estudos, mesmo quando as pessoas estão passando por dificuldades, tendem a valorizar serem tratadas de maneira gentil, humana e responsável. Portanto, atitudes empáticas durante uma conversa fazem uma grande diferença.

2. Autoconhecimento

Desenvolver o autoconhecimento é conhecer a si mesmo. Isso significa reconhecer com maior clareza quais são suas ambições, potenciais e dificuldades. A partir disso, você repensa quais são as atitudes necessárias para alcançar o que melhor se alinha com seus valores.

O nome disso é maturidade emocional, e somente uma pessoa madura consegue ser honesta em suas relações, a ponto de desenvolver diálogos que promovem a manutenção do vínculo.

3. Ser sincero

De acordo com a psicologia, a falta de clareza nas relações propicia a criação de ideias que não correspondem à realidade. Essas expectativas não atendidas podem resultar em frustrações e possíveis traumas. Muitas pessoas enfrentam dificuldades em serem sinceras. Como fazer isso?

Na prática, trata-se de deixar sempre claro para o parceiro suas intenções e preferências. E não estamos falando apenas de questões amorosas. Você pode comunicar ao parceiro, por exemplo, que gosta de passar as noites de sexta-feira em casa assistindo a um filme, mas que prefere ir a um bar com os amigos e deseja a companhia dele.

A sinceridade é a base para que ambos se sintam bem e confortáveis! No entanto, lembre-se: falar a verdade não significa dizer tudo o que vier à mente, especialmente se isso puder magoar o outro. É necessário ter uma conversa madura e explicar com educação o que você gosta e o que lhe incomoda.

4. Ter empatia

Empatia é se colocar no lugar do outro. Isso vai desde o papel que exercemos em um relacionamento até a assumir possíveis sequelas de influenciar de forma positiva ou negativa a vida de outra pessoa. Ser empático é ser sensível quanto aos sentimentos que investimos e são investidos em nós. É responder a eles de forma responsável, humana e honesta.

Como você gosta de ser tratado? Ao responder essa pergunta, é possível praticar a empatia mais facilmente! É só agir de modo que gostaria que agissem com você.

5. Alinhar expectativas

Você já se perguntou sobre qual é o propósito da sua relação? Cultivar a sinceridade sobre as intenções e expectativas para o futuro é essencial para manter viva a relação saudável a longo prazo.

Não se trata de adaptar à parceria em seus planos e reduzir suas vontades, mas sim de lhe dar liberdade de escolher e permanecer, encontrando juntos as formas certas para se alinharem, crescerem e sentirem o que realmente dá prazer e sentido a vida.

Pode parecer uma tarefa difícil, mas não fugir de conversas difíceis e treinar a comunicação direta e clara ajudam a alinhar expectativas. Assim não arrasta uma relação que pouco tem a ver com seus próprios valores, sonhos e objetivos.

Quando agir com responsabilidade afetiva?

Além de ter uma conversa franca e direta com a parceria, manter a constante comunicação e cumprir combinados, as pessoas do relacionamento interpessoal precisam ficar atentar as outras normas sociais. A psicóloga Adriana Nunan exemplificou isso.

“Um comportamento que tem aparecido muito nos consultórios é expor o outro em grupos de família, por exemplo, ou contar detalhes da vida íntima do casal para amigos”.

Leia também: Como a insegurança pode prejudicar a vida sexual?

Fontes: Estadão; Psicologia Dockhorn; Dicas de Mulher; Eurekka

Recomendados para você

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *