Pet play: o que é esse fetiche e como ele funciona?

Pet play: o que é e como funciona esse fetiche?

O Pet play é um tipo de fetiche em que a pessoa deve se caracterizar como um animal e ser guiado pelo parceiro. E isso pode incluir orelhas de cachorro, rabos de tecido e até mesmo o ato de andar sobre quatro apoios. É basicamente incorporar um verdadeiro bichinho!

Trata-se, portanto, de uma forma de dominação, principalmente na hora do sexo. O submisso vai fazer o que “seu dono” ou “dona“ mandar. Acessórios e sex toys são usados com frequência nessa prática, deixando o ato ainda mais intenso do que o normal. Se você nunca ouviu falar sobre isso, então continua com a gente, pois trouxemos alguns detalhes picantes!

O que é o pet play?

Pet play é um tipo de “brincadeira”, muitas vezes de cunho sexual. Costuma ser praticado entre casais: um deles deve fingir ser um animal de estimação (pet), enquanto a outra pessoa desempenhará o papel de adestrador/tutor.

Durante a brincadeira, a pessoa que desempenha o papel submisso irá imitar o animal, se comportando como um. Enquanto isso, o “dono” ensina truques, elogia e até mesmo recompensa o bom comportamento. Mas ele também pode punir o seu “bichinho” se fizer algo que ele não gosta. De acordo com os praticantes, a intensidade pode variar muito, indo de um carinho em troca de lambias às palmadas mais fortes. Na prática, o que importa é como o submisso irá obedecer o seu “adestrador”.

Como funciona o pet play?

O Pet Play é, na verdade, uma prática ampla, deixando aberto aos participantes qual caminho seguir. Normalmente esses jogos combinam disciplina, controle e adoração. É de suma importância lembrar que o principal intuito da brincadeira não é humilhar alguém e que esse fetiche possui diversas interpretações e aplicações.

Durante o jogo, a pessoa que imita o pet pode se comportar tanto quanto filhote, quanto como um animal adulto. Isso abrange desde a simples imitação vocal, como o relincho de um cavalo, o latido de um cachorro ou o miado de um gato, até o modo de caminhar sobre quatro apoios, comer sem usar as mãos ou atender aos comandos do “dono”. Segundo os adeptos do Pet Play, o comportamento de quem domina envolve atividades de cuidado e educação; ou seja, o ato de ensinar truques, elogiar, punir ou recompensar pelo comportamento do outro.

Essa práticas não precisam envolver atos sexuais e o nível de erotização dentro do jogo é inteiramente definido pelos envolvidos. Este tipo de comportamento pode ser restrito entre quatro paredes ou em público, em festas fetichistas ou bares temáticos.

Num aspecto físico e emocional, o Pet Play se assemelha às demais atividades envolvidas do mundo BDSM. Portanto ser consensual é primordial! Ou seja, as duas partes precisam estar de acordo e definir, juntos, o que cada um deve interpretar. Bem como a intensidade, que pode variar. Existem algumas brinacdeiras mais brandas, como o simples ato de “abanar o rabinho”, pegar coisas e fazer carícias no parceiro ou parceira. Mas há também coisas mais intensas que levam mais para o lado do sadismo e masoquismo.

Quais são os tipos mais comuns de Pet Play?

1. Kitten Play

É quando um dos participantes adota a aparência e/ou o comportamento de um gato. Quem interpreta o animal é chamado de stray. Alguns casais preferem o animal nas atividades pet play por considerarem gatos como animais independentes, de natureza temperamental e sofisticados em excesso. Como de costume, quem vive o animal pode adotar atividades marcantes do mesmo, como andar de quatro e comer em tigelas, além de miar, arranhar e se esfregar no “dono”.

2. Puppy Play

Também chamado de dog play, é quando um dos participantes busca pela aparência e o comportamento de um cachorro. A prática tem ligação direta com a subcultura leather, e boa parte dos participantes são homens gays. No entanto, não se limita a isso! O fetiche pode envolver pessoas de qualquer gênero ou orientação sexual.

Nessa prática, é normal haver um dono ou dona cuidando e domesticando a pessoa que desempenha o papel do cachorro. A pessoa que desempenha o papel dominante é chamada de Alfa. Beta é o termo para designar o praticante que obedece. Ômega é o termo para se referir ao praticante submisso à todos os envolvidos. O Beta pode ser submisso ao Alfa, mas dominante com o Ômega. Usar coleiras, comer e beber em tigelas, andar de quatro e dormir no canto são algumas das práticas comuns nesse tipo.

3. Pony Play

Nessa vertente, um dos participantes procura adquirir a aparência e/ou comportamento de um pônei ou cavalo. Na prática, muitas vezes uma pessoa puxa um tipo de carroça com a outra dentro. Mas também pode apenas carregar o dominante nas costas, como se estivesse cavalgando. Há também situações em que é praticado somente o adestramento do “pônei”, e algumas dessas práticas pode envolver provas com obstáculos.

Quais são os acessórios utilizados no pet play?

Assim como em outros fetiches, no pet play as pessoas costumam usar acessórios. No entanto, esses podem ser de cunho sexual ou não. Os principais são:

  • Fantasias;
  • Maquiagem;
  • Coleiras;
  • Guias;
  • Correntes;
  • Plug tails (plug anal com um rabo).

Pet play e zoofilia

Práticas sexuais não convencionais costumam ser vistas com maus olhos. O BDSM, por exemplo, retrata bem essa afirmação. Então não seria diferente com o pet play, que muitas vezes é confundido com a zoofilia. No entanto, é bom reforçar que uma coisa não tem nada a ver com a outra! Inclusive os praticantes, por viver sob o olhar julgador das pessoas, costumam abominar a prática da zoofilia, visto que é um crime abominável, de fato.

“Por mais que se assemelhe ao animal em comportamento, não se parece fisicamente. Então não tem como confundir. Para mim, isso é coisa de gente que não quer nada além de sexo hétero e influência religiosa”. Essa foi uma afirmação anônima de um usuário do Reddit.

Fontes: O Tempo; Uol; Yahoo; Delas Ig; Loja Meus Fetiches; Queer;

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