Algumas pessoas se envolvem com outras, saem, aproveitam o momento e começam a desenvolver sentimentos. Isso é bastante comum! No entanto, à medida que esses sentimentos crescem, a pessoa pode gradualmente perder o interesse na relação. Há um termo para isso: frayssexualidade.
De acordo com os estudiosos, a frayssexualidade define pessoas que só conseguem sentir atração sexual quando não há uma ligação emocional com o parceiro. Embora possa parecer algo complexo à primeira vista, é relativamente simples de entender. Venha conosco para explorar mais sobre o assunto.
O que é a frayssexualidade?
De modo direto, a frayssexualidade é quando um indivíduo sente atração sexual por alguém, desde que não exista um vínculo emocional com ela.
“A Frayssexualidade é a experiência de atração sexual por pessoas menos familiares – onde o relacionamento não atinge um ponto de conforto emocional”, explica a terapeuta e educadora do sexo Rachel Klechevsky.
Entretanto, as pessoas frayssexuais ainda podem sentir atrações românticas se desenvolverem um vínculo emocional. Na verdade, elas são exatamente o oposto; ou seja, podem perder os sentimentos românticos ou ter dificuldade em se apaixonar profundamente se o relacionamento se tornar muito familiar, mas isso não afeta sua atração sexual.
Dessa forma, fica claro que a frayssexualidade pode se manifestar de maneiras diferentes, dependendo das experiências e perspectivas individuais.
“Para algumas pessoas, a frayssexualidade tem a ver com a duração preferida de relacionamentos íntimos”, defendou Tarynn Dier, psicoterapeuta, coach e consultora especialista em estilos de vida alternativos e sexualidades.
Não importa por quem você sinta atração, você pode se identificar como frayssexual. Essa identidade pode se manifestar em relacionamentos monogâmicos ou não monogâmicos, de acordo com Dier.
“Para outros, tem a ver com a trajetória crescente e minguante da intimidade emocional e/ou física nos relacionamentos”.
Como descobrir se sou frayssexual?
Em princípio, a jornada humana é inerentemente fluida. É normal que a identidade de gênero, assim como a orientação sexual e atração sexual de cada um, possa mudar ao longo do tempo. Os pensamentos humanos e experiências estão sempre evoluindo, então faz muito sentido que nosso relacionamento com a atração possa mudar com o tempo, afirma Klechevsky.
“Uma pessoa frayssexual pode perceber que, uma vez que seus relacionamentos se tornam mais íntimos ou integrados, eles perdem a atração sexual por seus parceiros. Novamente, isso não significa que eles não amem seus parceiros ou queiram um futuro com eles – apenas significa que não sentem mais atração sexual por eles.”
Mas uma pessoa que se identifica com essa sexualidade pode sentir, também, uma forte atração sexual por novos indivíduos. “
Pessoas frayssexuais em relacionamentos de longo prazo se perguntam se são assexuais quando o relacionamento evolui, e então se sentem sexualmente atraídas por uma pessoa que acabaram de conhecer”, completou.
E fugindo do pensamento mais popular, ainda de acordo com Klechevsky, as pessoas frayssexuais podem sim ter relacionamentos de longo prazo, com compromissos reais.
Frayssexualidade é não ter comprometimento?
Não! Pessoas frayssexuais podem ter relacionamentos sérios monogâmicos e não monogâmicos.
“É aqui que a autoconsciências e as habilidades de comunicação são incrivelmente importantes”, disse Klechevsky. “Uma pessoa frayssexual precisa ser capaz de se comunicar com seu/seus parceiro/parceiros sobre sua atração sexual e o que isso significa para o relacionamento.”
Ela também menciona que pode parecer simples para uma pessoa frayssexual estar em uma relação com uma pessoa assexual, exceto quando o parceiro fray pode querer fazer sexo no início.
No entanto, o poliamor também pode fazer muito sentido em alguns casos. Ela não necessariamente encoraja o envolvimento em um trisal, mas sugere que duas partes do trisal sejam alossexuais ou semissexuais, enquanto uma pessoa é frayssexual.
O ponto principal é que tudo depende da situação e das experiências, e a comunicação com o parceiro é fundamental. Além disso, é importante compreender que intimidade e sexo não são necessariamente a mesma coisa. Portanto, é possível manter um relacionamento saudável e amoroso mesmo sem sentir atração sexual.
“A discussão típica sobre relacionamentos românticos confunde sexo, romantismo e amor”, disse Klechevsky. “Alguém pode amar profundamente e sentir-se romântico por outra pessoa por décadas sem querer sexo com alguém.”
Desse modo, é possível ter uma vida sexual maravilhosa sem querer se envolver em uma relação amorosa. Se você tem um parceiro frayssexual, é preciso saber lidar. Primeiro, pense nas diferenças entre intimidade, sexo e sensualidade.
“Sexo é uma atividade que geralmente, mas nem sempre, é uma expressão de desejo físico. Intimidade é o vínculo emocional que uma pessoa tem com a outa. A sensualidade é a elação que a pessoa tem consigo mesma, com o corpo e com o toque/cainho”.
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Fontes: Nova Mulher; Assexualidade; eCycle; Womens Health
