Educação sexual é, diferente do que muitos podem pensar, o ato de educar as pessoas a respeito do sexo e da sexualidade. Esse tipo de ensino é bom não somente para o bem-estar pessoal, mas também para toda a sociedade. No entanto, nos últimos anos é um tema que passou por muitas polêmicas.
Quem não procura se informar melhor sobre o assunto acredita que a educação sexual ensina jovens e crianças a se relacionarem sexualmente. Por isso, várias propostas foram feitas para adicionar a discussão nas escolas, mas elas são sempre barradas.
Afinal, você sabe o que é educação sexual e como ela pode melhorar a vida das pessoas?
O que é educação sexual?
Como falamos, a educação sexual é o processo de ensinar. É como mostramos aos jovens e adolescentes, principalmente, a forma que devem cuidar dos seus corpos. É um tema que ainda envolve muitos mitos, tabus e até mesmo constrangimentos. Não por acaso, pais e professores encontram dificuldades na hora de abordá-lo.
A educação sexual envolve alguns temas de suma importância, como: aborto, métodos contraceptivos, gravidez, sexo no geral, a importância de se prevenir e ISTs. Ou seja, não tem nada a ver com encorajar as crianças a procurar por sexo.
Na adolescência, todas as pessoas passam por mudanças físicas e psicológicas. As meninas, por exemplo, tendem a deixar mais rapidamente seus comportamentos infantis. Sendo assim, iniciam algumas rotinas adultas, com novas responsabilidades.
Geralmente se inicia a vida sexual nesse período. Aí que entra a importância da educação sexual, que busca alertar meninas e meninos sobre os perigos de não se prevenir. É quando profissionais ou pais conversam com os jovens, falam sobre gravidez na adolescência e os riscos de não usar preservativo.
Em defesa dessa pauta de educação sexual, reforçamos que os pais precisam conversar com os filhos sobre o mundo do sexo. Detalhes diretos, por exemplo, deixam a conversa mais fácil de ser concluída. É preciso abordar temas como a transmissão de doenças e gravidez.
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Qual é a importância e o objetivo da educação sexual?
1. Para o indivíduo
A educação sexual serve para ensinar principalmente às crianças e adolescentes sobre o seu corpo. É orientar onde as pessoas podem ou não tocá-las e quando isso se torna um tipo de abuso. Sendo assim, é um dos métodos mais eficientes para lutar contra o abuso sexual.
De forma individual, a educação sexual ensina cada um a importância de se proteger. Não dá para impedir que os adolescentes, por exemplo, iniciem na vida sexual. No entanto, dá para alertar sobre a importância dos métodos contraceptivos e os danos causados por cada IST.
Os ensinamentos são tratados de forma natural, sem preconceitos, direto ao ponto.
2. Para a sociedade
A educação sexual tem grande peso na sociedade em si, visto que pode ajudar a criar ambientes mais seguros principalmente para crianças e adolescentes. No Brasil, grande parte dos abusos é cometido por parentes ou pessoas próximas. Infelizmente, muitas crianças não têm o conhecimento que precisam para saber que aquilo não pode ser feito.
Sendo assim, acabam não denunciando os atos, por acreditarem ser normal. Milhares de crianças são abusadas em casa, lugar onde deveriam estar seguras. Logo, o papel dos pais na educação sexual é de suma importância. Orientar ajuda a criar um lar sem terror, assédio, estupro e abuso.
O que não é a educação sexual?
1. Incentivo a atividade sexual
Esse é um dos maiores pontos. Conservadores, principalmente, acusam a educação sexual de incentivar o sexo precoce. No entanto, os ensinamentos não encorajam as crianças e jovens, apenas alertam sobre os perigos do mundo de forma geral. É a forma de ensinar como fazer de forma segura quando sentir que é a hora.
2. Erotização das crianças
Outro ponto importante é como a educação sexual leva a culpa por “erotizar” crianças. Pais mais conservadores acreditam que as crianças não devem ser expostas sequer a imagens de genitálias. Mesmo que o material apresentado não tenha como objetivo instigar desejos, mas sim mostrar da forma correta como as coisas são. É de suma importância quebrar esse tabu.
3. Esse ensinamento cabe a família e não à escola
Essa é uma frase muito comum. No entanto, a educação sexual deve ser realizada onde estão as crianças e os adolescentes. Na escola, por exemplo, é onde eles têm o primeiro grande contato e convívio sexual. Sendo assim, é importante que aprendam ali mesmo sobre respeitar o espaço do outro. A família tem o papel de intensificar esses ensinamentos.
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Fontes: Portal Unicap; Brasil Escola; Politize; Mundo Educação