Vagina inchada: 8 principais causas e o que você pode fazer

Vagina inchada: 13 principais causas da condição

Há uma série de situações nas quais a mulher pode ficar com a vagina inchada. E não é motivo para entrar em pânico. Ao final da gravidez, por exemplo, é super normal a elevação na região genital, assim como após a relação sexual.

Mas é sempre bom ficar atenta, pois alergias, presença de algum cisto ou uma inflamação também podem ser o motivo dessa condição.

13 principais causas da vagina inchada

1. Vaginose bacteriana

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, a vaginose bacteriana acontece quando há uma grande quantidade de determinada bactéria na vagina.

Nesse caso, a mulher consegue notar facilmente que algo está errado. Isso porque a condição costuma apresentar sintomas muito parecidos com a candidíase. Sendo os principais: ardência, coceira, dor, inflamação e inchaço. Além disso, a vaginose bacteriana tipicamente causa um corrimento de cor acinzentado, ralo e com cheiro de peixe.

No entanto, nem sempre a doença apresentará todos os sintomas descritos. Ela pode agir em silêncio, causando somente o inchaço na vagina. É possível, inclusive, desaparecer sem que a mulher se submeta a qualquer tipo de tratamento.

Mas esse não é o caminho mais indicado. Diante de qualquer sintoma, o correto é procurar por ajuda médica e começar a fazer um acompanhamento. Lembrando sempre que somente o profissional pode prescrever qualquer tipo de medicação após uma avaliação de cada caso individual.

2. Reação alérgica

A mucosa vaginal é composta por células de defesa, assim como todo o corpo humano. Essas células reagem imediatamente quando detectam alguma substância diferente, identificada como uma invasão.

Quando a pessoa usa algum produto que causa irritação na vagina, isso pode desencadear uma reação alérgica, que por sua vez provoca sintomas como coceira, vermelhidão – além de deixar a vagina inchada

Cremes vaginais, óleos lubrificantes aromatizados, sabonetes e roupas sintéticas estão entre os principais causadores de alergia na vagina. Por isso é muito importante evitar qualquer produto que não seja devidamente aprovado pela ANVISA.

Além disso, ao usar QUALQUER produto na região íntima, recomenda-se ficar atenta. Se aparecer algum sintoma de alergia, é necessário interromper a aplicação imediatamente e aplicar uma compressa de água gelada antes de tomar um antialérgico. Se o inchaço não desaparecer após dois dias, o mais correto é procurar por um ginecologista. O profissional poderá prescrever corticoides ou pomadas para lidar com a alergia.

3. Relação sexual intensa

Nem sempre o inchaço na vagina é causado por alguma doença. Às vezes o motivo é bom! A relação sexual intensa também pode deixar a vagina inchada, principalmente se houver algum tipo de alergia à camisinha ou ao sêmen do parceiro, o que é extremamente comum e nada preocupante!

Ainda assim, é preciso ficar atenta, porque o inchaço pode acontecer por falta de lubrificação natural da vagina. Daí ocorre o aumento do atrito durante a penetração, causando dor e elevação na vagina, principalmente na parte externa.

O inchaço também pode surgir depois de várias relações sexuais no mesmo dia. Nesse caso, o sintoma costuma desaparecer de forma espontânea e rapidamente! Em situações onde ocorre o ressecamento ou a irritação durante o sexo, o recomendado é usar algum tipo de lubrificante a base de água e, de preferência, neutro.

De acordo com profissionais da área, é interessante usar preservativos lubrificados para reduzir esse atrito na hora H. Se, além do inchaço na vagina, você tiver também outros sintomas como ardência, corrimento e dor, o médico deverá ser consultado imediatamente para checar se não há outra doença envolvida.

4. Clamídia

A clamídia é uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) que também causa sérios danos à vagina! Esse mal em específico é causado por uma bactéria, a Chlamydia trachomatis, e também afeta os homens. Por isso o uso de preservativo é indicado para proteger ambos!

A clamídia também pode ser transmitida da mãe para o bebê, durante o nascimento via canal do parto. Além de afetar a região genital, há casos da doença afetando olhos e garganta dos pacientes. Como foi dito, o uso de preservativo é a principal forma de evitar a contaminação.

Entre os principais sintomas, destacam-se: ardência ao urinar, dor forte na região genital e no pé da barriga, corrimento amarelo e inchaço na vagina. Essa infecção é tratada por meio do uso de antibióticos, mas somente um profissional pode fazer a indicação e a prescrição, assim como a forma de se medicar. Então, em caso de qualquer sintoma, o médico deverá ser consultado.

5. Candidíase

A candidíase é bem comum nas mulheres! Essa infecção é causada pelo fungo Candida albicans e pode causar muito desconforto. Os sintomas da candidíase são: coceira intensa, rachaduras, vermelhidão, ardência, placas esbranquiçadas e um inchaço facilmente notável.

Apesar de não ser considerada uma IST, ela pode sim ser transmitida por meio do relações sem proteção. Algumas situações aumentam o risco de desenvolver a doença, como usar roupas sintéticas, comer muitos alimentos ricos em açúcar e leite, usar roupas (principalmente íntimas) úmidas e muito apertadas e não fazer a higiene íntima de forma adequada.

Mulheres com diabetes, que usam antibióticos regularmente e que sofrem com baixa imunidade têm mais chances de ter candidíase! O tratamento da doença é feito com o acompanhamento do ginecologista, já que somente ele poderá solicitar a realização de exames e indicar a melhor forma de lidar com o problema. Pomadas e medicamentos orais podem ser prescritos.

6. Gravidez

Como foi dito logo no começo do texto, nem sempre a vagina inchada é sinal de doença. Ela pode ficar assim por causa da pressão provocada pelo bebê, mais precisamente no final da gestação. Além disso, a redução do fluxo de sangue na região pélvica, que ocorre devido à gestação, também pode fazer com que o órgão genital fique inchado.

Além de inchar, muitas vezes a vagina pode ficar com uma coloração mais azulada. E a melhor forma de lidar com isso é aplicar uma compressa fria ou apenas lavar a vagina com água gelada. Recomenda-se ficar de repouso o máximo que puder, pois assim o corpo reduzirá a pressão sanguínea na região da vagina. Depois que o bebê nascer, a vagina voltará ao seu tamanho normal.

7. Cervicite gonocócica

Pouco conhecida, a cervicite gonocócica é uma inflamação no colo do útero, mais precisamente na passagem inferior do órgão.  Essa doença é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, ou gonorreia, como é mais conhecida.

A gonorreia é uma DST (Doença Sexualmente Transmissível) e é facilmente transmitida por meio do sexo sem proteção. Os sintomas incluem o corrimento vaginal anormal, sangramento depois do sexo, dor ou desconforto durante as relações e inchaço na vagina.

Quando não tratada da forma correta, essa doença pode causar novas infecções do trato reprodutivo, assim como resultar em doença inflamatória pélvica, causando esterilidade. O diagnóstico é feito após a coleta de materiais para estudo.

Depois de identificada a doença, o médico prescreverá um ciclo de antibióticos orais. Essa é a melhor forma de lidar com a doença. As mulheres, quando diagnosticadas com cervicite gonocócia, precisam ser testadas para outras DSTs comuns, como tricomoníase e clamídia, por exemplo, já que muitas vezes são encontradas ao mesmo tempo.

8. Cistos de Bartholin

O cisto na glândula de Bartholin também pode deixar a vagina inchada. Essa glândula serve para lubrificar o canal vaginal quando a mulher fica excitada, facilitando a penetração.

Esse cisto é um tipo de tumor benigno, desenvolvido devido a uma obstrução no tubo na glândula Bartholin. E os sintomas vão além do inchaço. A condição pode causar dor, que costuma piorar quando a mulher senta ou se movimenta. O cisto também pode fazer com que surja uma bolsa de pus na vagina, chamada de abscesso.

O tratamento não é complexo, mas é preciso consultar um ginecologista o quanto antes. Somente o profissional poderá fazer um exame para checar o motivo do inchaço e receitar os medicamentos certos para aliviar a dor, além do antibiótico em caso de secreção purulenta.

9. Ressecamento vaginal

Ter relações sexuais com o canal vaginal seco também pode causar dor e deixar a vagina inchada, inclusive a parte exterior do órgão genital. Durante a menopausa, por exemplo, é comum que os baixos níveis de estrogênio causem essa “sequidão”, assim como na lactação ou na perimenopausa.

Outra coisa que pode interferir é o uso de algum tipo de anticoncepcional que não está sendo bem aceito pelo corpo. Nesse último caso, a vagina também pode apresentar a sensação de menos elasticidade.

Mas lidar com isso é bem fácil! Basta utilizar lubrificante a base de água durante a relação sexual. Assim você reduzirá a fricção, acabando com o inchaço. Em paralelo a isso, agende uma consulta com o médico para que ele faça uma avaliação do seu caso em particular. O tratamento pode ser feito com suplementação de estrogênio.

10. Vulvovaginite

A vulvovaginite é uma infecção causada por bactérias, fungos e protozoários que provocam sintomas parecidos com os demais citados aqui, como a irritação na vagina, coceira e inchaço.

As mulheres que sofrem com a vulvovaginite ainda conseguem notar um corrimento vaginal de coloração esverdeada ou amarela, com um odor fétido. Em muitos casos, essa infecção pode ser transmitida por meio do sexo e pode não causar nenhum sintoma.

Sendo assim, as mulheres que mantêm uma vida sexual ativa precisam fazer acompanhamento regular com um ginecologista. As principais vulvovaginites que causam o inchaço na região vaginal são a infecção pela clamídia e a tricomoníase.

Diante dos sintomas, a principal maneira de tratar a doença é com a ajuda de um ginecologista. O profissional fará o pedido de exame ginecológico e receitar medicamentos específicos. Dependendo do tipo de infecção, é crucial mudar os hábitos de higiene, dando uma atenção maior a isso.

11. Herpes genital

Essa talvez seja a mais comum entre as infecções da lista. A herpes genital é transmitida por meio do sexo sem preservativo e é causada pelo vírus do herpes simplex, que produz alguns sintomas marcantes, como: coceira, ardor, aparecimento de bolhas na vulva e inchaço na vagina.

Além disso, a infecção pode causar inflamação local. Quando as bolhas aparecem próximas ao ânus, a mulher pode sentir fortes dores ao defecar. O tratamento para herpes genital é feito sob orientação do profissional ginecologista, que avalia cada caso e indica o uso dos medicamentos antivirais corretos. O Aciclovir e Valaciclovir são os mais utilizados, seja na forma de comprimidos ou pomadas. Mas somente o médico poderá prescrever qual será utilizado.

12. Doença de Crohn vulvar

Essa doença genital é causada pela inflamação excessiva dos órgãos íntimos. A Crohn vulvar causa vermelhidão na região vaginal, rachaduras no órgão genital e inchaço na vagina. Ela surge quando as células da doença de Crohn intestinal se espalham pelo corpo, migrando para a vagina.

Ao sentir qualquer sintoma, o médico precisa ser consultado imediatamente. Quando a mulher já tiver o diagnóstico, é preciso agendar uma consulta com o médico gastroenterologista para manter o tratamento, evitando que o quadro piore.

Mas o primeiro passo é procurar por um ginecologista. Ele será a porta de entrada, já que é preciso realizar alguns exames para identificar o grau de seriedade.

13. Traumas

Os traumas que falamos são machucados causados por batidas ou consequências da relação sexual intensa. De acordo com a Dra. Receba Gerhardt, ginecologista e obstetra, “relações com trocas intensas podem deixar a região inchada”. O mesmo vale para batidas, como as que podem acontecer durante uma rotina de exercícios na academia ou ao andar de bicicleta, por exemplo.

Fontes: Tua Saúde; Buoy Health; Intimus; Isto É; Rede Dor São Luiz; Kira

Referências Bibliográficas

  • CLEVELAND CLINIC. Vaginitis. Disponível em: <https://my.clevelandclinic.org/health/diseases/9131-vaginitis>. Acesso em 28 nov 2019
  • SOCIEDADE PORTUGUESA DE GINECOLOGIA. Revisão dos Consensos em Infecções Vulvovaginais. 2012. Disponível em: <http://www.spginecologia.pt/uploads/revisao_dos_consensos_em_infeccoes_vulgovaginais.pdf>. Acesso em 28 nov 2019

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