riscos da abstinência sexual

Quais são os riscos da abstinência sexual?

Manter a vida sexual ativa não é somente prazeroso, como também saudável! Muitos não sabem, mas existem alguns riscos na abstinência sexual que podem prejudicar diversos aspectos da vida.

Durante a pandemia da Covid-19, estudiosos começaram a analisar os efeitos de passar algum tempo sem se relacionar sexualmente. Foi possível observar que, mesmo para casais com relacionamentos sólidos, períodos prolongados sem intimidade podem afetar a vida a dois e a vida pessoal de cada um. E não são apenas sintomas psicológicos! O corpo também sente os efeitos de ficar sem sexo.

Quais são os possíveis riscos de se manter em abstinência sexual?

1. Problemas na pele

Atividades sexuais afetam diretamente no aumento da oxigenação do corpo e na circulação do sangue. De modo que a queda dos estímulos sexuais reflete, por exemplo, na maciez da pele.

A transpiração que ocorre durante o sexo também auxilia na limpeza da pele, evitando assim a aparição de espinhas, acne e outras impurezas que podem surgir.

2. Mal estar

Além do psicológico, o corpo também sente a falta de sexo. O mal estar físico é uma das principais características da abstinência sexual. O motivo disso é que a atividade libera vários hormônios importantes para o bem-estar, como endorfina e serotonina, que são conhecidos como analgésicos naturais.

Por esse motivo, queixas como náuseas, dores de cabeça, perda de flexibilidade, dores no corpo e outros incômodos podem ser frequentes na vida de quem não mantém uma vida sexual ativa.

3. Mau humor e estresse

O orgasmo é o melhor estimulante e ativador de endorfina, ocitocina e dopamina natural. Esses três são hormônios da felicidade, do amor e do bem-estar. Essas substâncias agem instantaneamente no organismo, deixando tanto os homens quanto as mulheres animados, bem humorados e extremamente felizes.

O sexo é um meio de liberar a tensão, ou seja, deixar as atividades sexuais de lado faz com que o estresse se acumule e o mau humor tome conta. Então, a melhor forma de aliviar isso é mantendo uma rotina sexual ativa.

4. Perda de desenvoltura

De acordo com os especialistas do sexo, a falta de relações sexuais pode atrapalhar até no desempenho na cama. Principalmente porque, para alguns indivíduos, a falta de atividade sexual acaba influenciando em questões como excitação, libido e até mesmo a lubrificação, além de outros fatores de extrema importância.

5. Abalo da autoestima

Os hormônios de bem-estar e felicidade que são ativados durante o orgasmo também influenciam na autoestima. Ou seja, ficar sem fazer sexo pode abalar a forma como nos vemos, além de diminuir a nossa confiança, especialmente na cama.

A prática sexual está diretamente ligada à libido e ao desejo como um todo, de modo que não transar traz uma forte sensação de recusa ou rejeição que acontece de forma inconsciente.

6. Fragilidade nos cabelos e unhas

O sexo é um tipo de combustível natural que faz todo o corpo funcionar. Além de promover a atividade de vários músculos, membros e órgão, os hormônios liberados antes, durante e após o ato sexual também ajudam o nosso organismo de forma geral.

Por isso, quando alguma não está acontecendo como deveria, o corpo dá sinais. A falta de sexo pode resultar em queda de cabelos ou enfraquecimento das unhas!

7. Queda na imunidade

De acordo com os pesquisadores de uma universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, pessoas que não mantém uma vida sexual ativa sofrem com a queda de Imuglobina A. Esse estudo foi realizado com quem pratica sexo pelo menos 2 vezes por semana e quem não tem uma rotina sexual.

Os resultados apontaram que quem está em constante atividade sexual possui 40% mais proteção no organismo. Essa é uma porcentagem “extra” que mostra o sistema imunológico mais protegido contra vírus e bactérias.

8. Má qualidade do sono

A ocitocina é uma substância que também atua como reguladora do sono. Sendo assim, ficar sem fazer sexo é uma maneira de interromper o fluxo desse hormônio no corpo. O resultado pode ser a insônia, cansaço em excesso, noites mal dormidas e muitas dificuldades para pegar no sono à noite.

9. Queda na qualidade do sêmen

Os homens que ficam muito tempo sem fazer sexo podem sofrer com a queda na qualidade e até mesmo quantidade do sêmen. A abstinência sexual pode reduzir o volume do sêmen de forma considerável. E isso pode trazer sérios problemas, como a impotência sexual. Sendo assim, quanto maior a frequência sexual, mais saudável o sêmen.

10. Desinteresse social

O sexo libera muita endorfina. Esse hormônio está ligado à felicidade. É ele que ativa a necessidade de interação com outras pessoas. Por isso, ficar sem faz sexo pode tornar as pessoas gradativamente antissociais e reclusas.

Com quanto tempo sem sexo já é possível sentir os sintomas?

De acordo com os estudos apresentados, ficar sem sexo traz sim riscos à saúde. Principalmente se for uma pessoa saudável, que gosta e sente a necessidade de transar. Segundo a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do programa de estudos em sexualidade da Universidade de São Paulo, o importante para a medicina é o sofrimento que o paciente experimenta quando não pratica o ato sexual, que se desdobra em angústia, mal-estar e desconforto.

“É uma questão pessoal e de livre-arbítrio. Aqueles que não querem fazer sexo por um determinado período, se não estiverem em sofrimento, não precisam se preocupar. O problema é quando se quer fazer, porém, por inúmeros motivos, como falta de oportunidade, de um local adequado ou de um parceiro, não faz e sente a necessidade daquilo. Isso causa um sentimento de vazio, um desejo descontrolado, levando a desfechos negativos”.

Toda essa negatividade citada pela psiquiatra como “sofrimento” pode trazer riscos graves para o corpo e para a mente. Começando pela crise ansiedade criada pelo desejo insatisfeito, que acaba evoluindo para a depressão do sistema imunológico e depois para o sistema nervoso central.

O paciente começa a se sentir mais vulnerável, nota a queda na autoestima, o que acaba estimulando o aparecimento de muitas doenças bacterianas, viroses e até mesmo infecções generalizadas.

“São várias indagações que se passam na cabeça dessa pessoa, que acaba tendo seu quadro de saúde agravado e contribuindo para um maior período sem relações sexuais. Ela começa a se perguntar se é bonita o suficiente ou porquê de ninguém se interessar por ela a ponto de não querer ir para a cama. Há outros desdobramentos também, como rejeitar contatos sexuais, por não ter tido êxito nas atividades anteriores e querer evitar novos vexames. É uma bola de neve, que vai ficando cada vez maior até explodir em ansiedade, depressão e vulnerabilidade imunológica e doenças físicas”.

Tempo máximo

Mas qual seria o tempo máximo de intervalo até que a falta de sexo possa afetar a saúde física e mental? Os cientistas dizem que isso depende muito dos hábitos de cada um. Uma pessoa com a vida sexual ativa, que mantém pelo menos três encontros por semana, começa a sentir os primeiros sinais de sofrimento quando ficam cerca de 30 dias sem sexo.

Enquanto isso, os que mantêm relações mais espaçadas, entre 15 e 20 dias, pode ficar de três a quatro meses se transar e não sentirão nada nesse período. Um jovem de até 29 anos, com a libido em dia, sem qualquer dificuldade de se manter sexualmente ativo, consegue ficar mais ou menos oito semanas sem sexo até notar as manifestações de “sofrimento”.

Um estudo do Instituto Kinsey para Pesquisas em Sexo, Gênero e Reprodução, nos Estados Unidos, apontou que a frequência sexual pode variar de acordo com a idade, além de depender de vários fatores, como estilo de vida, libido e saúde, tende a cair ao longo dos anos.

Fontes: O Globo; Uro Telemedicina; Brasil El País; CNN Brasil

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