Existem alguns livros eróticos clássicos que fazem parte da vida de muitos leitores. Embora existam muitos títulos comerciais, como 50 Tons de Cinza, por exemplo, há quem prefira a vertente mais clássica. Autores como Giovanni Boccacio, João Ubaldo e Anne Desclos são destaques no assunto.
Então, pensando nessas pessoas, decidimos trazer uma lista com ótimas recomendações deles e outros autores. Listamos os melhores, na nossa opinião e temos certeza que você vai gostar dessas leituras.
20 livros eróticos clássicos que todo mundo deveria conhecer
1. O Caderno Rosa de Lori Lamby (Hilda Hilst)
Esse é um dos livros eróticos mais clássicos do Brasil. Hilda se destaca por ter sido uma das poucas brasileiras a explorar bem o gênero. Então, em formato de diário, a obra narra das descobertas sexuais de Lori, uma menina de oito anos. No entanto, o chocante é que ela vende seu corpo por incentivo dos pais, sentindo prazer na prostituição. Polêmico, o livro retrata a pedofilia de uma forma intensa.
2. O Amante de Lady Chatterley (D. H. Lawrence)
O livro traz diversos palavrões e sexo explícito. Com tantas polêmicas, não tinha como não ser alvo, e por isso foi censurado por mais de 30 anos. Ele conta a vida de um homem comum e uma mulher burguesa que se apaixonam intensamente. No entanto, isso não agradou à elite conservadora da época. Publicado de forma anônima em 1928, ele só pôde ser impresso no Reino Unido em 1960.
3. Minha Vida Secreta (Walter Anônimo)
Essa obra faz parte dos livros eróticos clássicos amados pelo público. Ele foi publicado em 1880 na Holanda e revela o clima libertino que guiava a Era Vitoriana. O autor, então, usou o trabalho para questionar os tabus da sociedade. O diário relata as experiências sexuais do autor com mais de 1.150 mulheres, tudo muito bem detalhado.
4. Pornólogos (Pietro Arentino)
Pornólogo é considerado um dos livros eróticos clássicos de maior impacto. Ele foi responsável por influenciar grandes nomes como Molière e Marquês de Sade. A obra traz, então, um bate-papo entre Nanna e Antônia, prostitutas que precisam decidir o destino de Poppa, a filha de Nana.
No entanto, há uma dúvida: prostituta, freira ou dona de casa? No decorrer da história, Antonia relata aventuras sexuais com todos os detalhes. Muitas coisas cativam no livro, mas uma das mais marcantes é como o autor descreve cenas eróticas sem palavrões.
5. O Novo Epicuro: As Delícias do Sexo (Edward Sellon)
O livro traz a história de Sir Charles, que só se comunica com suas amantes por meio de cartas picantes. Algumas delas contam histórias de meninas virgens. As primeira edição do livro contava com 500 exemplares, mas foram apreendidos e destruídos pela “Sociedade para a Supressão do Vicio” inglesa.
6. Autobiografia de uma Pulga (Stanislas de Rhodes)
Esse é mais um dos livros eróticos clássicos que valem a pena ler. Toda a história é contada sob uma ótica minúscula de uma pulga. E ela, portanto, testemunha os atos mais explícitos entre homens e mulheres na era vitoriana. Nesta obra clássica, podemos viver de perto o adultério, homossexualidade e incesto.
7. A Vênus das Peles (Sacher-Masoch)
Primeiramente, essa obra incrível conta a história entre Severin e Wanda. Mas não é um livro para qualquer pessoa. Depois de discutir se existe a possibilidade de uma felicidade duradoura no relacionamento, eles decidem que uma parte precisa ser dominada pela outra. Então Saverin sugere que Wanda o escravize. Ele, então, passa a viver como escravo sexual. O prazer pela dor faz com que eles elevem a relação.
8. Teleny ou Reverso da Medalha (Oscar Wilde)
O tema central da obra são os conflitos internos de Camille Des Grieux, uma jovem apaixonada por um pianista húngaro. No entanto, só depois de 1986 os manuscritos originais, com as cenas de sexo, foram publicados. Essa marca a primeira obra de língua inglesa a tratar o amor homossexual.
9. O Sofá (Crébillon Fils)
O narrador da história é um sofá. No entanto, ele é animado por um espírito condenado a reencarnar sempre como um objeto. Então, ele testemunha todos os tipos de aventuras sexuais consideradas amorais na época, incluindo infidelidade. O sofá só encontraria a paz eterna quando acomodasse um casal realmente apaixonado.
10. Teresa Filósofa (Autor Anônimo)
Esse, que também é um dos livros eróticos clássicos de maior impacto, conta a história de Teresa. Ela é uma jovem que descobre aos poucos sua sexualidade, mas sempre em conflito com a religião. A obra, portanto, traz muita reflexão sobre os tabus no sexo.
11. Flossie, a Vênus de Quinze Anos (Swinburne)
Esse é um verdadeiro clássico da pornografia da Era Vitoriana. O livro conta a história de amor e muito desejo entre o capitão Jack Archer e Flossie Eversley, de 15 anos. Mas os encontros do casal foram vistos como algo absurdo por causa do apelo sexual da obra. Sendo assim, Swinburne precisou publicar o livro em segredo para poupar sua imagem.
12. Anti-Justine (Restif de la Bretonne)
A obra é uma resposta ao clássico “Justine ou Os Infortúnios da Virtude”. Escrito por Marquês de Sade, Justine é uma menina pobre que se aventura com todos os tipos de violência sexual. Então, “Anti-Justine” mostra personagens querendo apenas o prazer, sem violência. No entanto, o incesto é pauta da história. Isso porque as primeiras experiências sexuais foram ao lado das irmãs e a perda de virgindade com a mãe.
13. História de O (Anne Desclos)
Nesse livro, o sadomasoquismo reina. “O” é uma mulher independente, mas se torna escrava sexual do seu amante e de outros homens. Sendo assim, ela descobre o prazer pela submissão. Esse clássico ganhou adaptação em quadrinhos na década de 1990.
14. Delta de Vênus (Anaïs Nin)
Um dos pilares dessa obra é a libertação sexual. Aqui, essa autora francesa relatou em palavras suas experiências. Até então, o livro havia sido encomendado por um cliente anônimo de Nin, relatando 15 contos. Todas as histórias se passam na Europa na década de 1940. As histórias ainda mostram mulheres descobrindo a própria sexualidade com desconhecidos.
15. Kama Sutra (Vatsyayana)
O nome já dá a entender que esse é um dos maiores livros eróticos clássicos. Embora seja muito antigo, ele se mantém muito atual e atraente até hoje. A obra traz técnicas indianas e sugestões de posições que permitem o máximo desejo. Portanto, envolve os cinco sentidos: audição, visão, tato, paladar e olfato.
16. A História do Olho (Georges Bataille)
Nesse livro, tudo gira em torno do desejo de Simone e o narrador anônimo, ambos adolescentes. A obra, então, mostra com detalhes as experiências sexuais que eles vivem. Isso envolve orgia, sadomasoquismo e obsessão pelo prazer anal, por exemplo.
17. A Casa dos Budas Ditosos (João Ubaldo Ribeiro)
Esse é, antes de mais nada, um dos livros eróticos clássicos mais importantes do Brasil. Nele, uma mulher de 68 anos conta suas experiências sexuais ao longo da vida. Tudo, portanto, escrito da melhor forma, com uma linguagem divertida. De acordo com o autor, todo o material que inspirou essa obra é verídico. Ele recebeu em casa diversas fitas de uma mulher desconhecida para escrever a obra.
18. Decameron (Giovanni Boccaccio)
A história do livro se passa na Itália devastada pela peste negra. Mas Boccaccio, um dos maiores exemplos do Renascimento Cultural, trata de uma forma leve. Ele, então, retrata o amor e as relações humanas de um ponto de vista mais carnal. São cem histórias compondo esse clássico, envolvendo sobretudo infidelidade, sexo e luxúria.
19. 120 Dias de Sodoma (Marquês de Sade)
Antes de tudo, essa obra divide opiniões. Marquês narra a história de quatro homens que decidem experimentar orgias sexuais presos num castelo. Então, dá para imaginar que é um livro cheio de violência, já que foi escrito enquanto o autor estava na Bastilha.
20. Fanny Hill ou Memórias de Uma Mulher de Prazer (John Cleeland)
Fanny Hill conta a história e uma jovem que vai morar em Londres, onde se torna uma requisitada cortesã. Ao longo da história, o autor conta suas aventuras sexuais com detalhes. Mas na época o livro não agradou, muito pelo contrário, desagradou à patrulha religiosa. Depois de lançado, John foi preso, acusado até de obscenidade.
Fontes: Sociedade Poetas Amigos; Nota Terapia