priapismo

6 curiosidades sobre o priapismo ou ereção persistente

Muitas pessoas sofrem com o priapismo, mas não sabem o que é ou porque isso acontece. De modo geral, é uma condição que pode ou não ser associada ao estímulo sexual, onde o pênis ereto enfrenta dificuldades para retornar ao seu estado normal.

Essa ereção involuntária pode durar até quatro horas. E não é apenas uma ereção potente. O priapismo pode vir acompanhado de dor e causar outros danos à saúde, como a impotência sexual irreversível, por exemplo. São muitas coisas que você precisa saber sobre esse problema.

6 curiosidades sobre o priapismo

1. Os tipos de priapismo

Como foi dito, muitas pessoas sequer sabem que existe uma doença que, basicamente, causa ereção. Na verdade, vai um pouco além disso! Existem dois tipos de priapismo. São eles:

  • Isquêmico (de baixo fluxo ou oclusivo): esse tipo de priapismo acontece por causa da estase sanguínea por diminuição do retorno venoso, com possível isquemia tecidual. Em outras palavras, esse tipo de ereção pode evidenciar uma reduzida concentração de oxigênio no sangue do pênis.
  • Não isquêmico (de alto fluxo ou arterial): esse priapismo caracteriza-se por um fluxo arterial elevado, com retorno normal. Geralmente esse tipo de ereção é indolor e o sangue aspirado do pênis possui uma coloração vermelho-claro, do tipo arterial.

2. Os sintomas

O principal sintoma dessa doença é a ereção persistente, que pode durar até 4 horas. Isso pode ter alguma relação com o desejo sexual ou não. Geralmente essa ereção vem acompanhada de dor e não pode ser aliviada com a ejaculação, como nos casos mais comuns de ereção natural.

Deve-se observar o estado das veias do pênis. Após a ereção e ejaculação normais, as veias que drenam o sangue na região do pênis se relaxam e abrem, assim o órgão recobra sua flacidez habitual. Na maioria dos casos de priapismo isso não acontece. Ou seja, o pênis continua ereto.

3. Diagnóstico médico

O diagnóstico do priapismo é feito por meio do exame clínico direto, que mostra uma ereção sustentada do pênis. O profissional pode ainda lançar mão da gasometria para fazer a avaliação e descobrir se o priapismo é isquêmico ou não.

A contagem das plaquetas, apontadas no hemograma, ajuda a identificar se há ou não leucemia. Existem outros exames complementares que podem ser necessários para definir o melhor diagnóstico das causas do priapismo, tais como doppler do pênis ou arteriografia.

O tratamento medicamentoso só pode partir de um profissional. Se ele não foi o suficiente para solucionar o problema, aí o paciente vai precisar fazer um procedimento cirúrgico. O priapismo não-isquêmico exige um tratamento imediato e pode ser soluções rápidas.

4. O tratamento do priapismo

O tratamento, na maioria das vezes, exige uma intervenção médica urgente. Em casos de lesão venosa, o sangue que se encontra no corpo cavernoso precisa ser aspirado por uma punção e precisa ser introduzida nele algumas substâncias que ajudem na detumescência.

Se não funcionar apenas com isso, aí é preciso realizar uma cirurgia para criar um desvio circulatório que permita a saída do sangue.

5. A prevenção

A maioria dos casos de priapismo é idiopática, por isso é muito difícil a prevenção. No entanto, quando esse problema tem causas conhecidas, como de injeções intracavernosas de medicamentos, medicamentos orais e etc, recomenda-se parar o uso.

6. As causas da doença

Os mecanismos podem ser neurológicos ou vasculares, podendo ser condicionado por distúrbios sanguíneos ou por lesões e traumas na medula espinhal. Em idosos pode ainda estar associado a neoplasias. Alguns medicamentos podem auxiliar no desenvolvimento da doença.

Os mais comuns são as injeções intracavernosas, que são aplicadas no corpo do pênis para o tratamento da disfunção erétil. Outra causa conhecida é a picada de certas aranhas, como a aranha “armadeira”, por exemplo. E, por fim, o priapismo pode resultar de:

  • Lesão arterial: quando ocorre a ruptura de uma artéria que leva o sangue para o pênis. Ou seja, o sangue chega em grande volume no órgão sexual enquanto o seu escoamento é lento. Nesse caso em específico a ereção não é tão rígida e nem tão dolorosa.
  • Lesão venosa: nesse caso, o sangue chega ao pênis pelas artérias e não consegue voltar ao corpo.

Fontes: Clínica Guidoni; IUN; Rede Dor São Luiz; Medicina Net;

Referências bibliográficas

1-Podolej GS, Babcock C. Emergency Department management of Priapism. Emergency Medicine Practice vol 19(1) 2017.

2-Cherian J, Rao AR, Thwaini A, et al. Medical and surgical management of priapism. Postgrad Med J 2006; 82:89.

3-Montague DK, Jarow J, Broderick GA, et al. American Urological Association guideline on the management of priapism. J Urol 2003; 170:1318.

4-Burnett AL, Bivalacqua TJ. Priapism: current principles and practice. Urol Clin North Am 2007; 34:631.

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