vida sexual após a maternidade

Vida sexual após a maternidade: como é e como retomar?

Retomar a vida sexual após a maternidade é uma tarefa um pouco complicada! Depois que o filho nasce, a mãe precisa dedicar parte do seu tempo a cuidar da criança. Isso pode atrapalhar as relações sexuais que tendem a diminuir cada vez mais. Além do fator cansaço, existem várias outras razões para a falta de sexo entre o casal. Sobretudo, é importante saber que isso não tem a ver com disfunção sexual feminina.

Uma vida sexual ativa é sinônimo de saúde e qualidade de vida. Então, é muito importante voltar com a rotina normal mesmo após ter bebê. E pensando nisso, decidimos abordar o assunto e trazer algumas dicas importantes a respeito. Não deixe sua vida esfriar na cama. Então, vamos lá!

Quanto tempo depois do parto é possível retomar a vida sexual?

Essa é uma dúvida muito comum. Diversas mulheres se perguntam: “Quando é seguro retomar a vida sexual?”. O tempo é singular e pode variar de mulher para mulher, dependendo de vários fatores, como o tipo de parto, o aparecimento ou não de complicações, a recuperação pós-parto e, um dos principais fatores, o conforto físico e emocional da mãe.

De modo geral, a recomendação dos médicos é resguardo de 40 dias desde o nascimento da criança, tanto para parto normal quanto cesáreo. “Após uma revisão de parto em que a paciente recebe todas as orientações do médico, ela pode voltar a ter relações sexuais sem problema nenhum”, explicou o ginecologista Evandro Oliveira, da Maternidade Brasília.

Para mulheres que passaram por parto cesáreo ou precisam de pontos após o trabalho, a recomendação é baseada no tempo estimado da cicatrização total. Mas, é importante lembrar que o prazo não é uma regra universal. De acordo com o Ministério da Saúde, a recuperação da vagina começa a partir do vigésimo quinto dia depois do parto, e pode demorar um pouco mais nas mulheres que amamentam.

A vulva e o assoalho pélvico sofrem algumas modificações decorrentes do trabalho de parto. Algumas pessoas sentem-se a vontade para retomar a vida sexual antes de 6 semanas. Mas outro lado, há quem precisa de mais tempo. A prioridade deve ser, em primeiro lugar, o bem-estar físico e emocional da mãe.

Qualquer desconforto, dor ou preocupação precisa ser discutido com um profissional de saúde, que pode oferecer orientações precisas. Segundo os estudos, cerca de 52% das mulheres que tiveram um filho, retomam as atividades sexuais entre 5 e 6 semanas depois do parto. No terceiro mês, 90% delas já retomaram, mas ainda não se sabe a qualidade das relações nesse período.

Como aumentar a libido após a maternidade?

Após o parto, é comum que a mulher enfrente uma queda na libido. Existem muitas questões envolvidas, como a redução do estrogênio decorrente a queda de lubrificação natural, os problemas com autoestima devido as mudanças do corpo, cansaço físico e psicológico.

É preciso ter em mente que toda essa situação é efêmera e, com a volta da menstruação, os hormônios tendem a se reequilibrar. A lubrificação também retorna e a vida sexual segue como era antes do parto. Uma boa opção para fazer a libido voltar, quando tiver pronta para a relação, é utilizar lubrificantes íntimos. O bem-estar na região íntima desperta o desejo.

Escolha produtos à base d’água, uma vez que eles não causam problemas em contato com o látex do preservativo e também não alteram o pH vaginal. Quando chegar o momento, é comum que haja ansiedade e expectativa. Além disso, é normal que a mulher sinta um pouco de dor ou desconforto nas primeiras vezes.

Se essa for a realidade, não se preocupe. Basta ir com calma, lubrificando bem a região se for preciso e explore diferentes posições que sejam mais confortáveis. Vale ressaltar que a relação sexual não se resume à penetração! Beijos, carícias e massagens íntimas podem ajudar a restabelecer a conexão entre o casal. O pós-parto pode ser um momento único para redescobrir o próprio corpo.

É possível engravidar logo após o parto?

Diferente do que muitos pensam, sim, existe risco de uma nova gravidez, mesmo nos primeiros meses. A fertilidade da mulher pode retornar rapidamente após o parto, até mesmo antes da volta dos ciclos menstruais. Então, é recomendado conversar com o médico para entender melhor sobre os métodos contraceptivos certos para o período, evitando uma nova gravidez não planejada enquanto se recupera por completo.

No entanto, a amamentação pode ter um efeito natural de supressão da ovulação. Essa é uma condição conhecida como amenorreia da lactação. Normalmente ocorre porque a produção de prolactina para a amamentação acaba inibindo a liberação de hormônios que desencadeiam a ovulação. Mas é de extrema importância frisar que essa não é uma regra e nem pode ser considerada um método contraceptivo 100% confiável.

De modo geral, após o parto uma consulta é marcada com 40 dias para que a paciente discuta com o seu médico um método contraceptivo ideal. O retorno da fertilidade pode variar muito de mulher para mulher e tende a receber influência por vários fatores, incluindo a frequência e exclusividade da amamentação.

Algumas mulheres começam a ovular poucas semanas depois de terem um bebê, mesmo amamentando. Por outro lado, há mulheres que levam meses para que isso aconteça. Mais uma vez reforçando que a melhor orientação partirá do médico ao analisar cada caso de forma individual.

Quais as alterações vividas pelas mulheres no pós-parto?

Muitas mulheres podem enfrentar problemas para voltar com a vida sexual após a maternidade. Mas situação é um pouco mais delicada quando trata-se do primeiro filho. No entanto, essa dificuldade ocorre somente nos primeiros meses. Quando bem trabalhada, há a normalização depois. São vários os problemas relacionais, como:

  • Dor durante a relação sexual (dispareunia);
  • Tecido vaginal mais fino;
  • Secura vaginal;
  • Sangramento;
  • Perda do tônus da musculatura perineal;
  • Baixa libido;
  • Cansaço.

Questões hormonais

É normal que, após a gravidez, o desejo por sexo diminua bastante. Isso porque a prolactina, hormônio do aleitamento pode inibir a libido. “Então, a inibição é uma tendência natural provocada pela prolactina. Por isso a paciente pode ter menos desejo sexual não só no pós-parto, mas por mais tempo”, afirmou Evandro Oliveira, ginecologista da Maternidade Brasília.

Após o nascimento, é normal que os níveis de estrogênio desçam. Quando a mulher está amamentando, eles ficam inferiores aos apresentados durante a gravidez, por exemplo. O estrogênio é responsável por ajudar na lubrificação vaginal natural. Portanto níveis baixos aumentam a chance de a mulher sofrer com secura, causando assim irritação e até sangramento.

Sobrecarga e cansaço

Além disso, não sentir qualquer desejo sexual pode estar fortemente ligado ao cansaço físico e emocional. Devemos lembrar que a mãe agora segue uma rotina de cuidados com o bebê e isso exige muito! Então, experimente conversar sempre com o parceiro sobre os desconfortos, anseios e necessidades do momento.

Desconforto

Mesmo após os 40 dias de recomendação médica, a retomada da vida sexual após a maternidade pode causar um desconforto no começo. Isso porque a recuperação ainda está acontecendo.

“O desconforto na atividade sexual pós-parto tem uma ligação hormonal com a amamentação. Além da redução da libido, ocorre a redução de lubrificação da vagina”, pontuou o profissional. Sendo assim, pode ser desconfortável no começo, podendo até causar dor. Por isso é importante conversar com seu médico para obter as orientações corretas.

Fontes: Diário Gaúcho; Claudia Abril; Mais Abraços; Huggies; Fetal Med; Brasil el Pais; Instituto Villa Mil

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