Coito interrompido é um dos métodos contraceptivos mais antigos. As pessoas costumavam usá-lo para evitar a gravidez. Trata-se do ato de tirar o pênis quando estiver prestes a ejacular. Ou seja, a ejaculação é feita fora da vagina a fim de evitar que o esperma chegue ao útero.
Mesmo com todo o seu histórico, não indica-se esse método contraceptivo, visto que é pouco efetivo. O organismo libera alguns espermatozoides antes mesmo da ejaculação, ou seja, há o risco de gravidez durante toda a penetração.
Diante disso, decidimos trazer algumas informações a respeito.
- Leia também: Quais são os métodos contraceptivos mais eficazes?
O que é o coito interrompido?
Coito interrompido é quando, durante o sexo, o homem retira o pênis da vagina antes de ejacular. Como se, assim, pudesse evitar uma gravidez indesejada, por exemplo. Mas, na verdade, esse método possui baixa efetividade, visto que as secreções que saem do pênis, quando excitado, também podem conter espermatozoides.
Além disso, não é fácil manter o controle. Muitos homens costumam falhar na hora da excitação máxima e acabam ejaculando, de fato, dentro, mesmo que pouco. Só para você ter ideia: a pílula anticoncepcional, por exemplo, apresenta 0,1% de índice de falha. Enquanto o coito interrompido possui 4%.
A falta de controle do homem está no topo dos motivos para o fracasso do método.
Como fazer?
Utiliza-se esse método há muitos anos. Geralmente os homens ou mulheres que não querem se prevenir de outra forma adotam o coito interrompido em suas relações. A definição é bem simples, assim como a forma de fazer.
Consiste em tirar o pênis antes da ejaculação. O homem, ao sentir que está prestes a ejacular, precisa retirar o pênis da vagina e ejacular fora dela. No entanto, não pode fazer isso ainda em cima da genitália feminina, visto que os espermatozoides podem ainda entrar no canal vaginal.
Não existe muito segredo. Mas, faço questão de ressaltar, as chances de falha são grandes. De acordo com estudos, cerca de 4%.
Por que o coito interrompido é um método ineficaz?
Esse método não é indicado devido a sua ineficácia. Ou seja, é difícil controlar a ejaculação, e portanto saber a hora de tirar o pênis pode ser uma barreira muito grande. Mas vai um pouco além. Outro fator que torna o método pouco confiável é a secreção no pênis antes da ejaculação.
As glândulas de Cowper liberam uma secreção para lubrificar o pênis. Além disso, ela serve para neutralizar a acidez da uretra para que o espermatozoide passe. O problema é que, nessa secreção, pode haver diversos espermatozoides vivos e capazes de fecundar o óvulo.
Esse método é muito usado por casais que se sentem desconfortáveis com o uso de preservativo ou de pílulas anticoncepcionais.
Quais são os outros riscos do coito interrompido?
O coito interrompido é praticado sem camisinha. Sendo assim, ele pode, sim, prevenir contra a gravidez em alguns casos, mas não pode previnir as ISTs (infecções sexualmente transmissíveis). Como falamos anteriormente, também não previne o contato do líquido pré-ejaculatório, que pode carregar espermas prontos para fecundação.
O mais preocupante, no entanto, são as doenças que podem ser transmitidas. Portanto, se for praticar o coito interrompido, que seja com uma pessoa que você conhece bem. Esse método é totalmente contraindicado para encontros nos quais as pessoas acabaram de se conhecer. Além disso, casais que mantém essa prática precisam realizar exames periódicos para checar a saúde.
Fontes: Gineco; Hello Clue, Brasil Escola
Bibliografia:
MORAES, Paula Louredo. “Coito Interrompido”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/coito-interrompido.htm. Acesso em 07 de março de 2023.
Liddon N, O’Malley Olsen E, Carter M, Hatfield-Timajchy K. Withdrawal as a pregnancy prevention associated risk factors among US high school students: findings from the 2011 National Youth Risk Behavior Study. Contraception. 2016. 93(2016) 126–132.
