gosto e cheiro da vagina

Como os alimentos podem mudar o gosto e cheiro da vagina?

Você já deve ter ouvido falar que, se o homem comer abacaxi antes do sexo, o esperma ficará doce, o que pode deixar o momento ainda mais gostoso (literalmente). E é verdade mesmo. Aliás, o mesmo vale para as mulheres. Afinal de contas, o que elas comem também pode mudar o gosto e o cheiro da vagina.

Isso porque a alimentação pode afetar o pH vaginal, de forma similar ao que acontece com o esperma masculino. Mas por que isso acontece e quais os melhores alimentos para deixar a vagina “mais agradável”? Contamos tudinho aí embaixo.

Qual é a relação entre os alimentos e o gosto e o cheiro da vagina?

Vaginas saudáveis costumam ter um pH mais ácido. E a dieta das mulheres pode influenciar diretamente nisso, alterando o gosto e o cheiro da vagina. “Por exemplo, temperos, cebolas, alho, carne vermelha, laticínios, aspargos, brócolis, e álcool podem afetar seu equilíbrio natural, enquanto frutas e sucos de frutas podem tornar as coisas mais doces”, conta Mary Rosser, ginecologista do Montefiore Medical Center.

Ainda de acordo com ela, existem várias bactérias saudáveis que afastam infecções nessa região, mantendo tudo funcionando da melhor forma possível. Além disso, mulheres com taxas elevadas de açúcar no sangue podem apresentar maiores riscos de infecções fúngicas.

Mas não é porque a mulher se alimentou mal por uma semana que a vagina vai ter gosto e cheiro ruim para sempre. Isso é uma coisa rotativa, ou seja, a alimentação pode alterar o pH vaginal por dois ou três dias depois de ingerido os alimentos.

Sendo assim, quando se trata do que comer para melhorar a saúde da vagina, recomenda-se uma alimentação repleta de frutas frescas, produtos integrais, bastante água e vegetais. “Iogurte e outros alimentos com culturas vivas e ativas são probióticos e podem ajudar a vagina a manter um pH ácido saudável e equilibrado”, finalizou a ginecologista.

Quais alimentos mudam o gosto e cheiro da vagina?

1. Abacaxi

Quando falamos sobre mudar o gosto da região íntima, o abacaxi é o primeiro alimento que pensamos! Essa é a fruta que mais apresenta resultados no gosto do sêmen e também no cheiro da vulva. Isso porque o abacaxi é cheio de água e ácido, ou seja, tudo o que o corpo precisa para alterar de forma positiva o gosto e o cheiro da vagina.

Quando o abacaxi faz parte da alimentação diária ou é ingerido em grandes quantidades nas 24 horas que antecedem o sexo, o sêmen costuma ficar adocicado. Isso acontece porque o fluído é composto também por frutose, substância que reage com o açúcar natural das frutas.

2. Morango, cereja, melão e laranja

Quando falamos das frutas, não devemos nos prender ao abacaxi. Morango, cereja, melão e laranja são ótimas por conterem muita agua e pouco açúcar em sua composição. Além disso, são cítricas em algum grau, o que melhora o pH vaginal.

3. Iogurte

O ambiente vaginal é cheio de bactérias, e isso não é mistério nenhum. Além das bactérias ruins, muitas delas agem de forma positiva no organismo. Diante disso, queremos que predominem as boas bactérias, que desempenham a função de proteção. Por isso o iogurte e outras bebidas com lactobacilos são indicados. Afinal de contas, estes alimentos favorecem as bactérias positivas.

4. Alho e cebola

O alho e a cebola são essenciais na cozinha. Mas é bom saber que, em excesso, podem deixar a vagina com o gosto e cheiro ruim. Além do mau hálito, é claro.

5. Alimentos ricos em gordura saturada e açúcares refinados

Eles são responsáveis pelo mau cheiro da vagina, além de deixar o sêmen com um gosto salgado e muito forte.

6. Soja

A soja é uma ótima opção para as pessoas vegetarianas, mas quando o assunto é o cheiro e o gosto da vagina, ela não é uma boa alternativa. Isso porque a soja tem um potencial hormonal e um odor naturalmente forte, o que fica ainda mais intenso após a digestão.

7. Bebida alcoólica

Pelo menos até certo ponto! Calma que eu explico: ingerir pouca quantidade de álcool pode ajudar a amenizar os odores. Uma taça de vinho, por exemplo, é super bem-vinda. Mas, quando o consumo é excessivo, o efeito se inverte.

Como cuidar bem da flora vaginal?

Manter a flora vaginal saudável é a melhor forma de evitar infecções vaginais. Nesse sentido, existem muitas medidas que as mulheres podem adotar no dia a dia para preservar os microrganismos. Na maioria das vezes, uma boa alimentação combinada à prática de atividades físicas e o cuidado com o sono é o suficiente.

Mas existem outras dicas Entre as principais dicas para manter a flora vaginal saudável, destacam-se:

1. Evite duchas vaginais

Muitas mulheres acreditam que lavar o canal vaginal é indicado para evitar mau cheiro ou gosto. Mas estão totalmente enganadas. A vagina se limpa sozinha, e não precisa de intervenção. Além disso, aplicar água no canal vaginal para limpá-lo pode remover sua proteção natural e alterar totalmente o pH.

2. Não use sabonetes na região

O uso de sabonete na região genital não é indicado porque tira a proteção natural, deixando mais exposta à bactérias e outros problemas. Como foi dito, a vagina se limpa sozinha. Água corrente é o suficiente para deixar a parte externa limpa.

3. Não use perfumes na vagina

Perfumes e outros cosméticos podem alterar o pH vaginal devido os seus componentes. Passar perfume na região é totalmente inadequado, assim como cremes hidratantes ou desodorantes.

4. Evite roupas apertadas

A vagina precisa respirar para se manter saudável. Então, deixe de lado as roupas apertadas ou feitas de material sintético que podem impedir essa respiração. Não deixe a vagina abafada e suando.

5. Atenção dobrada durante a menstruação

A menstruação pode ser a grande inimiga das mulheres. Além de causar cólicas e mexer com o humor, o sangue vaginal pode alterar o pH vaginal. Sendo assim, durante esse período, é preciso dobrar a atenção à higiene e trocar o absorvente, seja interno ou externo, sempre que ele se sujar.

6. Tome bastante água

Água é vida, ou seja, sinal de saúde. Todo o nosso corpo se beneficia de uma boa hidratação e não seria diferente com a vagina. O consumo adequado de água ajuda a regular o pH vaginal, além de auxiliar a vagina em sua lubrificação e limpeza natural.

O que causa mau cheiro na vagina?

1. Alimentação

Como dito, a alimentação muda o cheiro da região íntima. O motivo é que alguns alimentos aumentam o nível de acidez ou adocicam o cheiro da vagina. Normalmente, os alimentos que no geral possuem um cheiro mais presente, como temperos e especiarias, costumam deixar a vagina com cheiro forte.

Em paralelo a isso, o consumo de álcool, laticínios e carne também contribuem para o odor mais forte e ácido. Frutas cítricas são recomendadas para adocicar o cheiro e o sabor dos fluídos vaginais. Se quiser um cheiro neutro e suave, o consumo de alimentos verdes e saudáveis pode ajudar bastante.

2. Atividade sexual

Compartilhar objetos sexuais com outras pessoas também pode afetar o gosto e o cheiro da vagina. Os brinquedos sexuais são exemplos disso! Esse compartilhamento pode afetar o pH vaginal e, portanto, interferir no cheiro da vagina, assim como a saliva e o sêmen também podem alterar o equilíbrio do pH vaginal.

3. Vestimentas, suor e uso de absorventes

Alguns hábitos de higiene, como ficar muito tempo sem trocar de calcinha, usar roupas apertadas ou ficar com vestes molhadas, também prejudicam a saúde da vagina. O uso de absorvente é outro grande vilão, uma vez que pode desequilibrar o pH vaginal e, consequentemente, resultar em infecções na região.

Quando a região fica muito úmida e abafada, está propensa a proliferação de fungos e bactérias. Doenças como Candidíase ou Vaginose tornam-se ameaças. Até mesmo o suor pode fazer a alteração do aroma. Sendo assim, o recomendado é que as mulheres mantenham sempre a região limpa e seca.

4. Bactéria e-coli

Essa bactéria costuma deixar a região íntima com cheiro de salsicha fervida na água. Esse cheiro costuma sinalizar infecção de urina que é causada pela bactéria. Ela é comum da flora bacteriana intestinal, mas, ao migrar para a uretra, causa a infecção.

Fontes: Womens Health Brasil; Go Outside; Delas; UOL; Terra; Dra. Juliana Ribeiro

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