Segundo uma pesquisa realizada pela Sophia Mind, empresa especializada em pesquisa feminina, 92% das mulheres sentem insegurança em relação ao próprio corpo. Esse sentimento resulta em insegurança na vida sexual, podendo transformar as relações em momentos de desconforto e pouco prazerosos.
A falta de confiança e autoestima estão entre os problemas mais notórios, que interferem na questão sexual, assim como a repressão sexual e o medo de se soltar e parecer muito vulgar. Abordaremos de forma mais detalhada esse assunto. Confira a seguir
Como a insegurança pode prejudicar a vida sexual?
O sexo é um momento muito íntimo! Pela exposição envolvida, é comum que haja insegurança. No entanto, esse sentimento não pode atrapalhar o desempenho! A insegurança pode acontecer por vários motivos, como o medo de não ter um bom desempenho ou devido a um trauma em relacionamentos passados.
Normalmente, esse medo acontece pela tendência de acreditar que tudo deve ser perfeito, como nos filmes. O consumo de pornografia faz com que as pessoas acreditem que a relação pode ser simples e perfeita. Mas é uma visão equivocada!
É fundamental manter uma conversa com a companheira, possibilitando que o casal compartilhe seus anseios e melhore gradualmente a intimidade. A insegurança pode ocasionar ‘travamentos’, impedindo que o prazer seja uma experiência recorrente. Caso o diálogo não seja suficiente, buscar ajuda profissional é uma opção interessante.
6 principais motivações da insegurança na vida sexual
1. Repressão sexual
Esse é um dos principais motivos da insegurança sexual, sobretudo por parte das mulheres. Apesar das muitas conquistas femininas ao longo do tempo, o sexo continua sendo um ‘território sensível’ para muitas delas. Um dos grandes marcos na história foi o surgimento da pílula anticoncepcional. Antes dela, o sexo casual era visto como algo amedrontador.
Antigamente, apenas as relações dentro do casamento, com o objetivo de procriação e satisfação dos desejos masculinos, eram consideradas ‘normais’. A mulher não tinha o direito de legislar sobre o próprio corpo no que dizia respeito à gravidez.
Posteriormente, várias outras conquistas foram alcançadas. Hoje, as mulheres têm o direito de escolher com quem se relacionar, como e quando praticar sexo. No entanto, as cicatrizes de um histórico de repressão ainda são sentidas, inclusive por aquelas que viveram o auge da sociedade machista.
2. Medo de parecer vulgar
A sociedade sempre pregou que a mulher precisa se conter para não parecer vulgar, pois isso afasta os homens. Esse é um dos motivos pelos quais muitas deixam de buscar prazer na hora do sexo! É preciso conversar com o parceiro, deixar claras as reais intenções e estar em sintonia para que a liberdade seja alcançada por ambos.
A cama é uma zona livre. Se uma pessoa não sente que, ali, pode ser quem realmente é, algo precisa ser mudado. Uma forma de quebrar isso é falando sobre os desejos e fetiches com a parceria. Desta forma, é possível ir se soltando aos poucos.
3. Ejaculação precoce
Esse é um dos principais motivos dos homens sofrerem com insegurança na vida sexual. A ejaculação precoce é aquela que ocorre antes ou logo após a penetração. De acordo com pesquisas, um homem sem nenhum tipo de disfunção leva de 2 a 4 minutos para ejacular.
Enquanto isso, quem sofre com a ejaculação precoce pode fazer isso antes mesmo da relação esquentar. As principais causas do problema são quadros de ansiedade e, em alguns casos, doenças neurológicas. A ejaculação precoce aliada à ansiedade pode ocasionar um ciclo e levar a um quadro de disfunção erétil.
4. Ejaculação retardada
Muitos homens desenvolvem “traumas” sexuais e evitam relações por esse motivo. Diferente da ejaculação precoce, nesse caso eles demoram mais para ejacular. Pode ser uma condição vitalícia ou situacional, levando a um quadro de ansiedade, insatisfação sexual, psicológica e angústia.
5. Disfunção erétil
A disfunção erétil faz com que o homem seja incapaz de manter uma ereção. Estima-se que, no mundo todo, pelo menos 100 milhões de homens sofram com essa condição, que é mais frequente após os 40 anos.
As causas são variadas, podendo ser problemas psicológicos, alimentares, físicos ou de estilo de vida. A disfunção erétil pode ainda ocasionar pouca rigidez no pênis, ejaculação precoce ou retardada.
6. Diminuição ou falta de libido
A libido, também chamada de apetite sexual, tanto do homem quanto da mulher, tende a cair de forma gradual conforme a pessoa envelhece. Isso é natural! No entanto, existem casos de perda da libido na juventude, o que impacta diretamente na qualidade de vida, gera insegurança na vida sexual e até mesmo provoca problemas psicológicos.
Esse quadro pode se transformar em um ciclo vicioso, no qual diversas questões afetam o nível da libido, e a abstinência sexual agrava a insatisfação pessoal. Consequentemente, a libido tende a diminuir ainda mais. É necessário consultar um profissional para lidar com esse problema.
De que forma vencer a insegurança na vida sexual?
Para lidar com a insegurança na vida sexual, é preciso antes trabalhar a autoestima. Este aspecto, no entanto, está ligado às fases de desenvolvimento da criança, desde muito cedo. É preciso ter a presença de rede de apoio e pessoas de confiança. Se essa é uma realidade, a criança tende a crescer e se tornar uma pessoa com a autoestima alta.
Contudo, é muito comum falar sobre a baixa autoestima, que está ligada a visões negativas do indivíduo sobre si mesmo. Isso pode levar a comparações inadequadas que prejudicam a relação com o externo.
Para melhorar a autoestima na fase adulta, é preciso trabalhar o autoconhecimento. Para a psicanálise, os sintomas se apresentam centrados no corpo uma vez que evidenciam um sofrimento que é da ordem do psíquico. Para isso, os profissionais recomendam:
- Olhar para si, notando e evidenciando os pontos positivos;
- Conhecer o próprio corpo para adquirir segurança;
- Conversar com a parceria;
- Realizar psicoterapia para lidar com as inseguranças.
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Fontes: Psicoter; Mulheres bem Resolvidas; Angio Life Clínica; Tela Vita