BDSM e fetiche são coisas diferentes! Muitas pessoas confundem e até podem dizer que um é sinônimo do outro, mas não é bem assim. A falta de conhecimento a respeito desse universo faz com que essa crença se fortaleça. No entanto, é possível incluir alguns fetiches no BDSM.
O assunto é demasiado complexo, visto que há muita confusão. Diante disso, decidimos trazer a explicação mais profunda para explicar como BDSM e fetiche são coisas diferentes.
Quais são as diferenças entre BDSM e fetiche?
O termo BDSM é conhecido por muitos. Diversas produções abordam a prática, como a franquia “50 Tons de Cinza”, por exemplo. A sigla corresponde aos termos Bondage, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo. Embora se pareça com algum tipo de fetiche, não é!
De acordo com Dommenique Luuxor, uma das precursoras da prática BDSM no Brasil, não é correto afirmar que a prática seja sinônimo de fetiche. Segundo ela, o BDSM entra no meio kinky, que é a forma denominar práticas não normativas. Ou seja, algo praticado, colocado, de fato, em ação.
“BDSM é uma prática onde podem se incluir fetiches, mas nela a pessoa está praticando algo. Os corpos estão em ação, pode ser através de bondage, dominação, submissão ou outras. BDSM é uma relação. Fetiche, no entanto, é outra coisa, ele irá atribuir um valor quase sagrado, erótico e abstrato a algo. Funciona como se fosse uma operação mágica, inclusive, a origem da palavra vem de feitiço”, disse.
Sendo assim, podemos concluir que o fetiche é algo que nos atrai, ou seja, o gosto por algo. Pode ser algo material, como pés, ou mais amplo, como sexo no elevador. “Uma atração totalmente ilusória e louca por uma coisa que não apresenta nenhum poder, ou seja, é só uma matéria”, disse Dommenique.
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As pessoas costumam associar ambos os termos por vários motivos. Um deles é que, durante uma sessão de BDSM, os fetiches são gatilhos usados para alcançar o prazer. Uma roupa de látex, por exemplo, é um desses fetiches, assim como um chicote ou salto.
E como sabemos se uma pessoa é fetichista ou praticante de BDSM? A resposta é simples: perguntando! É sempre válido perguntar ao indivíduo se ele adota o estilo de vida do BDSM, se abraça todos os conceitos liturgicos ou apenas utiliza das estruturas e ferramentas da prática para dar contexto às suas parafilias.
Esse mesmo tipo de questionamento pode ser feito a si mesmo quando procurar resposta sobre você mesmo. Fazer parte de um grupo de BDSM, inclusive, exige respeito elevado pela dei dos mesmos. Isso implica em respeitar, acima de tudo, quando você sabe que não se encaixa naquela estrutura.
Não há qualquer demérito em ser fetichista. Mas é preciso entender que não se pode invadir outros conceitos, podendo resultar em alguma situação ruim!
Como praticar?
Praticar BDSM não é algo simples. Diferente do que muitos imaginam, é preciso seguir algumas regras e a prática oferece sim alguns riscos. A princípio, é importante saber se realmente quer se aventurar, ou seja, explorar esse universo mais a fundo.
Então, você pode começar buscando referências além do que é mostrado em produções audiovisuais. Leia, entenda e compreenda tudo que envolve o BDSM. É possível encontrar diversos textos e relatos que ajudam a alinhar as expectativas e tornar a experiência prazerosa.
Mas um dos principais pontos é respeitar o próprio corpo e o corpo do outro. Tudo precisa ser feito com consentimento, com diálogo e acima de tudo, paciência. Quando for iniciar, é importante que o casal escolha um “safeword”, ou seja, um código de segurança.
A palavra escolhida é usada quando o dominador ultrapassa os limites. Então ela é dita para interromper a prática. Os praticantes do BDSM respeitam o código de segurança acima de tudo. Mas a principal dica para quem deseja começar é confiar na outra pessoa. Recomenda-se conhecer bem e estar com os desejos alinhados.
Fontes: Glamour; Dom Barbudo