Coisas que acabam com a libido sem a gente perceber estão presentes na vida da maioria dos casais. É claro que, com o passar dos anos, a libido diminui. É o caso da menopausa, para as mulheres, além da redução da testosterona nos homens.
Sem contar que existem outros fatores que interferem, diretamente, no apetite sexual, como quadros de ansiedade e depressão. Em contrapartida, alguns antidepressivos também podem diminuir a libido, bem como o uso de anticoncepcionais. No entanto, se esse for o seu caso, basta consultar o seu médico a fim de buscar uma outra alternativa. Ou seja: nada de interromper seu tratamento!
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Descubra 15 coisas que acabam com a sua libido!
1. Traumas emocionais
Traumas emocionais estão entre as principais coisas que acabam com a libido. É mais comum ainda quando está relacionado com relação sexual ou abuso, o que infelizmente é comum. Isso faz com que o apetite sexual seja reduzido e, em muitos casos, desapareça por completo.
O estresse pós-traumático, por exemplo, faz com que a pessoa reviva o acontecimento traumático do passado com frequência. Essas recordações agem como uma verdadeira barreira para a libido. E, em casos assim, o paciente precisa se consultar com um psicólogo e psiquiatra.
Somente esses profissionais poderão, por meio de terapia cognitivo-comportamental, identificar a fonte do problema e tratar da melhor forma. Em alguns casos o uso de medicamentos antidepressivos é uma solução. Mas vale lembrar que somente o profissional poderá indicar o remédio a ser utilizado.
2. Alterações psicológicas
Alterações psicológicas também podem ser o ponto chave do problema. Depressão, ansiedade e estresse, por exemplo, podem interferir diretamente no humor e disposição. Então, a falta de libido se torna um verdadeiro problema, mesmo que temporário, em alguns casos. Mas também pode se estender por dias.
Nessa situação, recomenda-se consultar com um psicólogo e/ou psiquiatra. Os profissionais poderão fazer um diagnóstico da condição patológica e assim indicar o melhor tratamento. A psicoterapia é uma solução em vários casos, assim como o uso de medicamentos.
Além disso, existem diversas técnicas que ajudam a promover o relaxamento, controlando o estresse e a ansiedade. Se a falta de libido for uma realidade em sua vida, pode começar também com atividades físicas. Esse é um passo importante antes de procurar pela ajuda médica. Mas não deixe de buscar um profissional. O tratamento médico não deve ser substituído.
3. Uso de medicamentos
Vários medicamentos causam efeitos colaterais marcantes e, de certa forma, preocupantes. Antidepressivos, anti-hipertensivos e diuréticos, por exemplo, podem diminuir a libido. Esse é o temido efeito colateral dos remédios desse tipo. Isso acontece porque eles afetam a parte do sistema nervoso responsável pelo apetite sexual. Assim como também podem reduzir o fluxo sanguíneo para a região íntima.
O caso das mulheres é ainda mais delicado. Os anticoncepcionais podem alterar os níveis hormonais do corpo. Portanto, interferem no desejo sexual e diminui a libido. Enquanto isso, os medicamentos para próstata ou queda de cabelos, como acetato de gosserrelina, flutamida ou dutasterida, por exemplo, podem diminuir os níveis de testosterona do homem.
O urologista Cully Carson destaca que “qualquer droga que afeta o sistema nervoso central pode acabar diminuindo a libido”.
Diante disso, a recomendação é que procure por ajuda médica. De preferência, falar com o mesmo profissionais que indicou determinado medicamento. Assim a substituição do mesmo pode ser feita por outro que não tenha o mesmo efeito colateral. Em alguns casos, a mudança da dosagem já é suficiente. O importante é não interromper o tratamento por conta própria.
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4. Problemas no relacionamento
Os problemas no relacionamento estão entre as principais coisas que acabam com a libido. As brigas e conflitos mal resolvidos, assim como falta de conexão com a parceria, desconfianças ou problemas de comunicação acabam afetando o psicológico. Assim, o desejo sexual é reduzido de forma considerável.
Um médico não pode ser procurado em situações assim. Mas o que fazer? A recomendação é: mantenha o diálogo. Essa é a maneira mais eficaz para resolver os conflitos, problemas de comunicação e inseguranças. No entanto, existe um profissional que pode ser a solução.
Psicólogos podem ajudar com terapias de casais. Esse método pode ajudar a estabelecer a conexão com o parceiro e a confiança. Assim, o bem-estar íntimo pode voltar à tona.
5. Menopausa
A menopausa talvez seja o período mais complicado para as mulheres. Esse é o momento marcado pelo fim da idade fértil delas. Ou seja, é quando os ovários deixam de produzir estrogênio. E isso pode diminuir a libido e até mesmo acabar com o interesse pelo sexo, mesmo que temporariamente.
Por causa dessa diminuição de produção de estrogênio, diversas mulheres podem sofrer com secura vaginal e diminuição do muco que mantém a umidade na vagina. Então, as relações sexuais deixam de ser prazerosas e começam a causar dor. Logo, a vontade de manter o sexo constante diminui.
Durante a menopausa, assim como toda a vida, as mulheres precisam se consultar com o ginecologista periodicamente. Nesse caso em específico, o profissional poderá indicar a terapia de reposição hormonal, por exemplo. Mas, em alguns casos, usa-se estrogênio vaginal em forma de creme ou gel.
Vale ressaltar que esses tratamentos só devem ser feitos se o ginecologista recomendar, visto que são contra-indicados para mulheres com risco de câncer de mama, ovários ou útero.
6. Dor durante o sexo
Sentir dor durante a relação sexual não é normal. Esse é uma das coisas que acabam com a libido. A sensação ‘desprazerosa’ pode, de fato, diminuir o apetite sexual e exterminar qualquer interesse por contato íntimo. Pode até mesmo causar sérios traumas se insistido.
Existem várias causas para as dores durante o sexo. Nas mulheres, por exemplo, o motivo pode ser endometriose. Mas alterações hormonais, alergias e infecções sexualmente transmissíveis também podem ser as principais causas.
Enquanto isso, nos homens, pode estar relacionada a inflação na próstata ou fimose, por exemplo. Em todos os casos, a principal indicação é que um profissional seja procurado. No caso das mulheres, ir ao ginecologista é o principal passo. Os homens se consultam com o urologista. Esse profissional que identificará a causa da dor na relação e, assim, indicar o tratamento correto.
7. Doenças crônicas
Diversas doenças estão entre as coisas que acabam com a libido. As crônicas como: pressão alta, diabetes, câncer, doença arterial coronariana, doenças neurológicas, artrite reumatoide ou problemas com rins ou fígado, por exemplo, podem ser o motivo da diminuição da libido.
Sendo assim, é importante que o casal esteja ciente do real problema. Recomenda-se manter o diálogo, conversas a respeito da doença, sentimentos, expectativas e etc. Desta forma poderão encontrar formas de ter a intimidade de maneira confortável. Mas, é importante ressaltar que um tratamento médico precisa ser feito. Os profissionais poderão indicar o que é, de fato, eficaz para lidar com isso.
8. Falta de estímulo
Esse é um problema principalmente entre as mulheres. Muitas vezes a falta de libido é causada pela dificuldade em atingir o orgasmo ou de ficarem realmente excitadas. Isso pode estar relacionado diretamente à falta de estímulo do parceiro ou parceira. Ou seja, é preciso se dedicar um pouco mais para que elas cheguem lá.
Quando não são estimuladas o suficiente, as mulheres encontram dificuldades para produzir o lubrificante natural. Então a relação com penetração se torna desconfortável e não prazerosa. Sendo assim, é normal perder a vontade de manter qualquer relação sexual.
A melhor forma de lidar com isso é aumentando o tempo de preliminares. Uma boa maneira de dar um upgrade nesse momento é adicionando produtos eróticos, como vibradores e sugadores de clitóris, por exemplo. Você pode dar uma conferida em nosso site AQUI. Nossos produtos poderão ajudar a aumentar a lubrificação natural, fazendo o sexo voltar a ser prazeroso e não doloroso.
9. Diminuição dos níveis de testosterona
Assim como a menopausa é um problema exclusivo das mulheres, a baixa nos níveis de testosterona atinge os homens. Isso porque esse é o principal hormônio masculino. Ele está diretamente relacionado com o desejo sexual e produção dos espermatozoides.
Então, se os níveis do hormônio estão baixos, a falta de apetite sexual se torna uma realidade. Assim como o desempenho sexual cai de forma considerável e o sexo passa a ser cansativo. A disposição do homem é totalmente comprometida, ou seja, o apetite sexual se vai.
Essa condição é normal após os 50 anos. É nesse período que inicia a andropausa masculina, que é semelhante à menopausa das mulheres. Mas, o homem continua sendo fértil. O que acontece é somente uma diminuição na sua fertilidade.
Se a baixa da testosterona for, de fato o problema, recomenda-se a consulta com um urologista. Somente ele poderá indicar a terapia de reposição hormonal. Além disso, existem outros métodos naturais para aumentar a testosterona. Praticar atividades físicas, por exemplo, é uma boa forma, assim como aumentar o consumo de alimentos ricos em vitamina A e D e zinco.
10. Pós parto
Ter um bebê não é nada fácil e até mesmo quem não é mulher pode imaginar isso. O corpo passa por mudanças físicas, assim como a mente precisa se adaptar novas condições. No entanto, os problemas não acabam na mesa de cirurgia durante o parto.
No pós-parto, assim como na fase de amamentação, as mulheres sofrem com alterações hormonais. Então, a diminuição da libido se torna uma triste realidade. Outros fatores como o cansaço de cuidar do bebê, por exemplo, também afeta o psicológico delas, ou seja, reduz o apetite sexual.
Nesse caso, é importante que o casal tenha um tempo a sós. É desta maneira que irão fortalecer o laço afetivo e o contato físico por meio de carinho e toques. Não necessariamente precisa haver penetração. O mais importante é que ambos se respeitem e que o tempo da mulher seja respeitado em dobro.
Palavras de carinho podem ajudar a mulher se sentir desejada, bonita e não culpada pelas mudanças em seu corpo.
11. Disfunção erétil
A disfunção erétil, ou impotência sexual, é quando o homem enfrenta problemas para manter a ereção a ponto de fazer uma penetração. Embora seja algo assustador, essa condição é bastante comum. Diversos homens lutam contra a disfunção erétil, uma das principais coisas que acabam com a libido.
Engana-se quem acredita que isso só acontece com homens mais velhos. Na verdade, qualquer idade pode sofrer com isso. Mas o envelhecimento natural do corpo, de fato, contribui para isso. No entanto, o consumo de drogas, estresse excessivo, uso de cigarro ou condições de saúde, como doenças renais e diabetes, por exemplo, também resultam nesse problema.
O importante é consultar o urologista para avaliar cada caso de forma singular. Somente o profissional poderá identificar a causa da disfunção e indicar o medicamento correto. Além disso, ele poderá encaminhar para o tratamento psicológico ou psiquiatra.
Quando há queixas de disfunção, um dos primeiros passos é investigar a presença de doença vascular ou problemas cardíacos, conforme orientação do urologista Cully Carson, professor da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. E a explicação para isso é bem simples: se as artérias não estiverem bem, o fluxo do sangue para a região genital pode ser comprometido, o que resulta em ereções fracas. O alto colesterol e a pressão alta podem resultar nesse problema.
Mas lembre-se: somente o urologista poderá fazer a indicação de qualquer medicamento.
12. Problemas na tireoide
O hipotireoidismo é uma doença caracterizada pela baixa produção de hormônio na tireoide. O problema está ligado a diversos sintomas, como disfunção sexual, por exemplo. Enquanto isso, as mulheres sofrem com a redução na lubrificação natural da vagina, causando as dores durante o sexo que citamos acima.
Os problemas na tireoide podem ajuda reduzir a energia, aumentar o estresse e diminuir a sensação de bem-estar de forma geral. Sendo assim, todos esses sintomas juntos podem acabar com a libido. Embora afete principalmente as mulheres, o hipotireoidismo também é uma realidade entre os homens e pode ainda causar ejaculação precoce.
De acordo com a especialista em saúde sexual e cirurgiã urológica Karen Boyle, do Greater Baltimore Medical Center, nos Estados Unidos, uma tireoide anormal pode diminuir de forma significativa o desejo sexual. Dependendo do nível, essa alteração ainda leva ao ganho de peso, que é outro vilão da libido.
A principal maneira de lidar com isso é procurando por ajuda médica. O profissional poderá indicar o tratamento correto e, em alguns casos, uma cirurgia será necessária para a remoção da tireoide.
13. Pouca luz
Muitas pessoas não sabem, mas a exposição à luz, ou falta de dela, pode alterar os níveis de testosterona do homem. Assim a libido pode ser totalmente comprometida. De acordo com um estudo realizado em 2016, a exposição ao Sol pode aumentar os níveis hormonais. Então, a satisfação sexual é aumentada.
Andrea Fagiolini, um dos principais autores da pesquisa disse à revista Reuters que a produção natural de testosterona cai durante os períodos mais frios. Sendo assim, atingem o seu pico na primavera e no verão.
14. Dormir mal
O sono é crucial para a saúde, incluindo a saúde sexual. De acordo com Robert D. Oexman, diretor do Instituto Dormir para Viver nos Estados Unidos, a privação de sono, que frequentemente afeta aqueles que dormem apenas 6 horas por noite (visto que adultos precisam, no mínimo, de 7 horas de sono), resulta na redução dos níveis de testosterona, que é um hormônio essencial tanto para homens quanto para mulheres.
15. Aparelhos eletrônicos
A tecnologia está presente em todos os campos da nossa vida e traz alguns efeitos ruins, como na vida sexual. Na opinião da terapeuta de casais Sharon Gilchrest O’Neill, “os laptops e smartphones apenas desviam a atenção do outro e fica quase impossível pensar em sexo quando, há dois segundos, você estava respondendo um e-mail do chefe”.
Essa interação com o trabalho não é a única forma de permitir que a tecnologia diminua o apetite sexual. Perder tempo navegando pelas redes sociais na cama, por exemplo, também tira a atenção à outra pessoa, ou seja, atrapalha a vida sexual.
Gostou dessa lista? Veja também o vídeo a seguir para ficar mais por dentro ainda do assunto:
Fontes: Terra; Tua Saúde; Abril
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RIZK, P. J.; et al. Testosterone therapy improves erectile function and libido in hypogonadal men. Curr Opin Urol. 27. 6; 511-515, 2017
EMERSON, C. R. Review of low libido in women. Int J STD AIDS. 21. 5; 312-6, 2010