Todo mundo já ouviu falar sobre autoestima em algum momento da vida, mas nem todos entendem como isso interfere em literalmente tudo. A autoestima baixa, por exemplo, pode impactar de forma negativa todas as áreas da nossa vida, indo desde a vida pessoal até a vida sexual. Por isso é importante se cuidar e procurar formas de melhorá-la.
Pensando na seriedade do assunto, decidimos trazer uma matéria completa sobre isso e como você por aumentar a autoestima. Confira conosco a seguir.
O que é autoestima?
Autoestima é, basicamente, a forma como a gente se enxerga e se sente em relação a si mesmo. É aquela voz interna que diz se você é capaz, se merece coisas boas e se pode confiar nas próprias escolhas.
Quando ela está em um bom nível, fica mais fácil lidar com críticas, erros e momentos difíceis, porque você não deixa que isso defina o seu valor. Ter autoestima saudável não é achar que é perfeito, mas sim reconhecer seus pontos fortes, aceitar suas imperfeições e continuar se respeitando.
É algo que influencia muito nas relações, porque quem se valoriza também consegue colocar limites e buscar conexões mais equilibradas. No fim, é um exercício diário de se conhecer, se acolher e acreditar em quem você é.
Como se caracteriza a autoestima baixa?
A autoestima baixa se caracteriza por uma visão negativa ou distorcida de si mesmo, como se nada do que você fizesse fosse suficiente. É comum a pessoa se comparar o tempo todo com os outros, sentir que está sempre atrás e duvidar das próprias capacidades, mesmo quando tem bons resultados.
Pequenos erros ou críticas ganham um peso enorme e podem gerar culpa, vergonha ou sensação de fracasso. Muitas vezes, quem tem autoestima baixa evita se expor, recusa oportunidades e até se sabota por medo de não estar à altura.
Esse sentimento também pode afetar os relacionamentos, já que a pessoa tende a aceitar menos do que merece ou ter dificuldade em estabelecer limites. É como carregar uma lente que aumenta os defeitos e diminui as qualidades, tornando difícil perceber o próprio valor de forma justa.
Como se caracteriza a autoestima alta?
A autoestima alta é quando você acredita em si mesmo de forma genuína, sem precisar se comparar ou provar nada o tempo todo. É se sentir confiante para enfrentar desafios, sabendo que, mesmo se errar, isso não diminui o seu valor.
Quem tem autoestima assim reconhece suas qualidades, aceita suas imperfeições e entende que elas fazem parte de quem é. Isso traz leveza para lidar com críticas e segurança para dizer “não” quando algo não faz sentido.
Também ajuda a fazer escolhas mais alinhadas com o que realmente importa e a manter relações mais saudáveis e respeitosas. É como ter uma base firme dentro de você, que sustenta a confiança e o sentimento de merecer coisas boas, independentemente do que acontece ao redor.
Quais são os pilares da autoestima?
1. Autoconhecimento
Entender quem você é de verdade, com suas forças, fragilidades, gostos e limites. Quando você se conhece, fica mais fácil tomar decisões que fazem sentido para sua vida e não se perder tentando agradar os outros.
2. Autovalorização
Reconhecer e valorizar suas conquistas, mesmo as pequenas. É saber se orgulhar do que já fez e do que é, sem depender apenas do reconhecimento alheio para se sentir válido.
3. Autoconfiança
Acreditar na própria capacidade de lidar com situações e desafios. Não significa achar que nunca vai falhar, mas confiar que, se acontecer, você vai encontrar um jeito de se levantar e seguir em frente.
4. Autoaceitação
Olhar para si com gentileza, aceitando seus defeitos e limitações sem se punir por eles. É parar de lutar contra quem você é e, em vez disso, aprender a se acolher e se cuidar.
5. Autocuidado
Cuidar de si fisicamente, emocionalmente e mentalmente. Isso inclui desde hábitos saudáveis até respeitar seus limites e priorizar seu bem-estar, porque se cuidar também é uma forma de se amar.
Quais são os impactos da autoestima na nossa vida?
A autoestima influencia diretamente a forma como nos relacionamos com o mundo e conosco mesmos. Quando está fortalecida, sentimos mais segurança para enfrentar desafios, estabelecer limites e buscar o que realmente queremos, o que melhora nossos relacionamentos, nosso desempenho e até nossa saúde emocional.
Já quando está baixa, podemos nos sentir inseguros, duvidar das nossas capacidades e acabar aceitando menos do que merecemos, o que pode gerar frustrações e limitar nosso crescimento. Em resumo, a autoestima é como uma base interna! Quanto mais sólida, mais firme a gente se mantém, mesmo diante das dificuldades.
Na vida pessoal
1. Relacionamentos mais saudáveis
Quando você se valoriza, consegue estabelecer limites claros e evita se prender a relações que não te fazem bem. Isso cria conexões mais equilibradas e respeitosas.
2. Segurança para tomar decisões
A autoestima ajuda a confiar nas próprias escolhas, sem depender tanto da aprovação dos outros, o que traz mais autonomia e tranquilidade.
3. Resiliência diante de desafios
Com autoestima fortalecida, é mais fácil lidar com erros e dificuldades, pois você sabe que isso não define quem você é.
4. Menos comparações prejudiciais
Você passa a medir seu progresso olhando para si mesmo e não para a vida dos outros, o que reduz sentimentos de inferioridade.
5. Bem-estar emocional
Uma autoestima equilibrada contribui para menos ansiedade e mais estabilidade emocional, ajudando a viver de forma mais leve e confiante.
-Na vida profissional
1. Confiança para se posicionar
Quem tem boa autoestima sente mais segurança para expor ideias, dar opiniões e defender seu ponto de vista, o que fortalece a presença no ambiente de trabalho.
2. Coragem para assumir desafios
Acreditar em si mesmo incentiva a aceitar novas responsabilidades e projetos, abrindo portas para crescimento na carreira.
3. Resiliência diante de críticas
A autoestima equilibrada ajuda a receber feedbacks sem se sentir pessoalmente atacado, usando-os como oportunidade de aprendizado.
4. Melhoria na comunicação
Com mais segurança, a forma de se expressar se torna clara e assertiva, facilitando o relacionamento com colegas, líderes e clientes.
5. Redução do medo de errar
Quando você confia nas próprias habilidades, entende que erros fazem parte do processo e não deixa que o medo paralise suas ações.
Na sexualidade
1. Maior segurança com o próprio corpo
Quando você se aceita e se valoriza, sente menos vergonha e mais liberdade para viver sua sexualidade de forma natural e prazerosa.
2. Comunicação mais aberta
A autoestima fortalece a confiança para expressar desejos, limites e preferências, criando relações mais honestas e satisfatórias.
3. Redução da insegurança
Com autoestima equilibrada, é mais fácil lidar com imperfeições e evitar pensamentos que atrapalham a entrega no momento íntimo.
4. Mais prazer e entrega
Sentir-se bem consigo mesmo ajuda a relaxar e aproveitar a experiência, sem ficar preso a preocupações externas ou autocríticas.
5. Escolhas mais conscientes
A autoestima saudável incentiva a buscar relações sexuais que respeitem seus valores, limites e necessidades, evitando situações que causem desconforto ou arrependimento.
Como fortalecer a autoestima?
1. Praticar o autoconhecimento
Reserve um tempo para se conhecer melhor, identificando suas qualidades, limitações, gostos e valores. Entender quem você é ajuda a tomar decisões mais alinhadas com você mesmo.
2. Reconhecer suas conquistas
Valorize suas pequenas e grandes vitórias. Celebrar conquistas, mesmo que simples, reforça a sensação de capacidade e merecimento.
3. Aceitar suas imperfeições
Ninguém é perfeito. Aceitar suas falhas como parte do processo de crescimento evita a autocrítica excessiva e promove autocompaixão.
4. Estabelecer limites saudáveis
Aprender a dizer ‘não’ e respeitar suas necessidades protege sua energia emocional e fortalece a sensação de valor próprio.
5. Cuidar do corpo e da mente
Alimentação, sono, exercícios e momentos de lazer ou relaxamento impactam diretamente como você se sente. Cuidar de si é uma forma concreta de se amar.
6. Cercar-se de pessoas que valorizam você
Relacionamentos que apoiam, respeitam e incentivam seu crescimento ajudam a reforçar a autoestima e afastam sentimentos de insegurança.
Como a psicoterapia pode ajudar?
A psicoterapia é como ter alguém ao seu lado que te ajuda a se enxergar com mais carinho e compreensão. É um espaço onde você pode falar sobre medos, inseguranças e experiências que pesam, sem julgamento, e começar a entender de onde vêm esses sentimentos.
Nesse processo, você aprende a se tratar com gentileza, a lidar melhor com emoções difíceis e a perceber suas qualidades sem se cobrar tanto. Também ajuda a colocar limites, se comunicar com mais clareza e construir relações mais saudáveis.
No fundo, a psicoterapia é um cuidado consigo mesmo. Ela fortalece a confiança, ajuda a se sentir merecedor de coisas boas e cria uma base para viver de forma mais leve, autêntica e conectada com quem você realmente é.
Aproveite para ler: Cushioning: o que é e como funciona esse tipo de traição?
Fontes: Psicólogos São Paulo; Conexa Saúde; Beecorp; CNN Brasil; Zenklub; Clínica Plenamente
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Guilhardi, H. J. (2001). Auto-estima, autoconfiança e responsabilidade. Instituto de Análise de Comportamento e Instituto de Terapia por Contingências de Reforçamento.
Marcelino, M. R. (2023). O que é autoestima para os analistas do comportamento?. Revista Brasileira de Terapias Cognitivo-Comportamentais, 27(3), 334-345.
Mendes, J. C. S., Silva, J. V. A., Matavelli, R. D., & Schütz, N. T. (2021). Re-significando a autoestima: Teorias e práticas na psicologia positiva e terapias cognitivo-comportamentais. Artesã Editora.
Marrone, D. B. D. I. (2019). O uso de escalas psicológicas para avaliar autoestima. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 35(3), e3537.