Vasectomia

Vasectomia: como funciona, é reversível e quais as vantagens?

Muitas mulheres, após o parto, optam por procedimentos cirúrgicos como meio de contracepção definitiva. Embora existam diversos métodos com a mesma finalidade, a decisão não é exclusiva delas. Os homens também têm a opção da vasectomia, um procedimento altamente eficaz para impedir a concepção. Segundo profissionais de saúde, a vasectomia é considerada um dos métodos contraceptivos mais eficientes.

Ao contrário do DIU, a reversão da vasectomia é desafiadora e, em alguns casos, impossível. Portanto, essa decisão requer uma avaliação cuidadosa por parte do indivíduo antes de ser tomada. Dado que é um tema pouco discutido, apresentamos uma explicação mais aprofundada sobre a vasectomia. Continue lendo para obter informações detalhadas

O que é a vasectomia?

A vasectomia é um procedimento cirúrgico que visa a esterilização masculina, impedindo a concepção de filhos. O processo é relativamente simples e não requer internação. Normalmente, sua duração é de aproximadamente 30 minutos, permitindo que o paciente retome as atividades sexuais após a cicatrização da incisão (cerca de uma semana após a realização da cirurgia).

No entanto, é importante observar que outros métodos contraceptivos ainda são necessários nos primeiros 60 dias pós-cirurgia, pois durante esse período ainda existe a possibilidade de gravidez. Além disso, é crucial ressaltar que a vasectomia apenas previne a gravidez e não protege contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), sendo necessário o uso de preservativo para prevenir esse tipo de infecção.

Como é feita a vasectomia?

Durante a realização da vasectomia, o paciente recebe uma anestesia local. Após a sua eficácia, o médico realiza um pequeno corte no escroto, proporcionando acesso aos vasos deferentes. Em seguida, procede-se ao corte e amarração desses vasos, finalizando com o fechamento da incisão. É importante destacar que nenhum corte é feito na região do pênis durante o procedimento.

Como mencionado, essa intervenção é bastante rápida, geralmente não ultrapassando 30 minutos. Após o término, não é necessário que o paciente permaneça internado. Vale ressaltar que a vasectomia é significativamente menos complexa que a laqueadura, um procedimento realizado em mulheres

Quem pode fazer vasectomia?

Embora muitos homens desejem realizar a vasectomia, é necessário atender a alguns critérios para ser elegível. Conforme as diretrizes do Ministério da Saúde, os requisitos para se submeter ao procedimento são:

  • Ter no mínimo 2 filhos vivos;
  • Ter no mínimo 25 anos de idade;
  • Comum acordo do casal;
  • Ter estabilidade conjugal (se for casado);
  • Existir uma indicação social e/ou psicológica;
  • Em caso de pacientes absolutamente incapazes mediante laudo psicossocial ou médico, poderá ocorrer a esterilização com autorização judicial.

Como fica a vida sexual de quem faz vasectomia?

Muitos homens temem e se recusam a fazer vasectomia por medo de comprometer a vida sexual. No entanto, esse procedimento não provoca distúrbios de ereção ou perda de libido! A cirurgia apenas torna o paciente estéril, mas não interfere na produção de hormônios masculinos nem no desempenho na cama!

O corte feito no canal impede a chegada de espermatozoides até a uretra. O líquido produzido na próstata e na vesícula seminal continua sendo expelido normalmente durante a ejaculação. Sendo assim, não há qualquer interferência na função erétil ou na potência sexual. Os nervos e vasos sanguíneos responsáveis pela ereção do pênis não tem qualquer ligação com a vasectomia.

Ressaltando novamente que depois do procedimento, é fundamental permanecer utilizando os métodos contraceptivos antigos (pílula anticoncepcional para as mulheres e preservativo) por um tempo. Alguns espermatozoides podem continuar vivos no canal. Mas após o período dito pelo profissional de saúde, o sêmen não conterá mais espermatozoides.

Quais as vantagens da vasectomia?

Como foi dito, essa cirurgia é simples e rápida. Logo, a maior vantagem é não ter um pós-operatório complexo e eliminar o risco de gravidez indesejada. Mas há outros. Os principais são:

  • Simplicidade do procedimento;
  • Ajuda no planejamento familiar;
  • Alta taxa de eficácia;
  • Não há necessidade de interromper as atividades sexuais.

E quais são os riscos?

Assim como em todos os procedimentos médicos, embora a vasectomia seja considerada simples, existem alguns riscos. Um deles é a possibilidade de infecção, sendo que, para prevenção, são prescritos antibióticos. Em alguns casos, podem ocorrer pequenos sangramentos internos, resultando na aparência arroxeada da bolsa testicular. Contudo, esses hematomas geralmente são absorvidos sem maiores complicações.

De acordo com informações de médicos, a principal complicação reside na recanalização dos ductos deferentes. Segundo um estudo da Universidade de Harvard, isso ocorre em aproximadamente 0,25% dos casos, equivalente a um a cada 4.000 pacientes submetidos à cirurgia. É de extrema importância que se mantenham métodos anticoncepcionais até a realização de um novo espermograma.

Como é a recuperação?

Por ser um procedimento relativamente simples, o paciente recebe alta no mesmo dia. No primeiro dia, é recomendado repouso e o uso de bolsas de gelo na região da cirurgia. Reforçamos que, durante os 60 primeiros dias, é necessário utilizar métodos contraceptivos padrão para evitar uma possível gravidez indesejada com a parceira.

Essa precaução se deve ao fato de que, em alguns casos, pode ocorrer uma recanalização inadequada pelos profissionais. É também aconselhável realizar um teste de espermograma dois meses após a cirurgia para verificar se o paciente não apresenta espermatozoides no líquido ejaculado.

A vasectomia é reversível?

Apesar de levar o nome de método contraceptivo definitivo, é possível garantir, em alguns casos em específico, a reversão desse procedimento. No entanto, a taxa de sucesso é variável e nem sempre possível! Outro ponto muito importante é o fato de que a maior taxa de sucesso é alcançada quando a reversão é feita antes de completar 10 anos da cirurgia. É importante lembrar que a reversão é mais complexa do que a vasectomia.

Fontes: O Globo; Brasil Escola; Hospital São Matheus; Miletto

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