The ICK é um termo em inglês que significa “eca”. Trata-se do sentimento de ranço, nojo ou raiva que toma conta da relação. Esse termo se popularizou nas redes sociais, onde vem ganhando força. Diante disso, psicólogos e terapeutas de relacionamento estudam constantemente os gatilhos que causam esse sentimento.
Trouxemos então algumas explicações sobre esse “nojo” da parceria durante o relacionamento e como ele pode ser prejudicial. Confira conosco a seguir.
O que é “the ick”?
Como dito anteriormente, esse é um termo usado em relacionamentos para descrever aquela sensação repentina de desgosto ou aversão que alguém sente por outra pessoa, muitas vezes sem um motivo claro ou racional. Pode acontecer mesmo quando antes havia atração ou interesse.
Geralmente, “the ick” é provocado por pequenos comportamentos, manias ou até momentos embaraçosos que fazem alguém perder o encanto pelo parceiro. Por exemplo, algumas pessoas podem sentir “the ick” ao ver o parceiro mastigando de boca aberta, rindo de um jeito estranho ou sendo excessivamente carente.
Embora “the ick” possa ser passageiro, em muitos casos ele se torna um ponto sem volta no relacionamento, tornando difícil continuar sentindo atração pela pessoa.
Como o “ick” afeta os relacionamentos?
Essa senação pode afetar os relacionamentos de diversas formas, muitas vezes levando a um desinteresse progressivo. O encanto e a atração que existiam antes podem desaparecer repentinamente, fazendo com que a pessoa perca o interesse no parceiro sem um motivo racional.
Isso pode gerar dúvidas sobre o relacionamento, levando alguém a questionar se realmente gosta do outro ou se está apenas tentando forçar uma conexão. Além disso, a presença constante de “the ick” pode tornar pequenas atitudes do parceiro irritantes, resultando em conflitos e afastamento emocional.
Em muitos casos, essa sensação é um ponto sem retorno, fazendo com que o relacionamento termine de forma abrupta. No entanto, também pode ser um mecanismo de defesa inconsciente, especialmente para quem tem medo de intimidade e usa pequenos defeitos como justificativa para se afastar.
Por outro lado, reconhecer “the ick” pode levar a uma autoavaliação, ajudando a entender se a sensação é passageira ou um sinal de que a relação realmente não está funcionando. O importante é identificar se vale a pena tentar superar essa sensação ou se ela indica que o relacionamento chegou ao fim.
Quais são as causas do “ick”?
1. Pequenos Hábitos ou Comportamentos Irritantes
Às vezes, pequenas manias do parceiro, como a forma de rir, mastigar ou até enviar mensagens, podem se tornar irritantes de repente. O que antes era insignificante pode passar a parecer insuportável.
2. Falta de Química ou Atração Diminuída
Com o tempo, a atração física ou emocional pode diminuir, tornando o parceiro menos interessante. Isso pode acontecer de forma natural ou ser desencadeado por algum comportamento específico.
3. Intimidade Rápida Demais
Se um relacionamento avança rápido demais, sem dar tempo para a conexão crescer de forma natural, uma das partes pode se sentir sufocada. Isso pode gerar um afastamento repentino e a sensação de “the ick”.
4. Idealização do Parceiro
Muitas vezes, criamos expectativas irreais sobre uma pessoa. Quando começamos a conhecê-la de verdade, pequenas imperfeições podem se tornar grandes decepções, resultando no “ick”.
5. Falta de Maturidade Emocional
Algumas pessoas têm dificuldade em lidar com vulnerabilidade e sentimentos profundos. Quando percebem que o parceiro gosta delas ou que o relacionamento está ficando sério, podem desenvolver uma aversão automática.
6. Influência Externa
Opiniões de amigos, família ou até mesmo conteúdos na internet podem influenciar a forma como alguém vê o parceiro. Se um amigo faz um comentário negativo ou aponta algo “estranho”, isso pode intensificar o “ick”.
7. Autossabotagem e Medo do Compromisso
Pessoas que têm medo de compromisso podem inconscientemente buscar razões para afastar o parceiro. “The ick” pode ser um mecanismo de defesa para evitar um envolvimento mais profundo.
8. Mudança de Sentimentos
Às vezes, a pessoa simplesmente percebe que não gosta tanto do parceiro quanto achava. O “ick” pode ser um reflexo dessa mudança emocional, tornando difícil continuar o relacionamento.
Como superar o “ick” no relacionamento?
1. Identifique a Origem do problema
Tente entender o que exatamente está causando essa sensação. Foi um comportamento específico? Algo que alguém disse? Ou pode ser um reflexo de inseguranças ou medos internos? Reconhecer a raiz do problema ajuda a lidar com ele de forma mais racional.
2. Evite Focar Apenas nos Pequenos Defeitos
Todo mundo tem hábitos que podem parecer irritantes em algum momento. Em vez de se fixar nessas pequenas coisas, tente focar nas qualidades do parceiro e no que te atraiu nele no início.
3. Dê Um Tempo para os Sentimentos Assentarem
Se o “ick” apareceu de repente, pode ser apenas um momento passageiro. Dar um espaço emocional para si mesmo pode ajudar a perceber se é algo que vai sumir ou se realmente indica um problema maior.
4. Reforce a Conexão Emocional
Muitas vezes, o “ick” surge quando a relação perde um pouco da intimidade emocional. Fazer atividades juntos, ter conversas mais profundas e relembrar os bons momentos pode ajudar a reconstruir a conexão.
5. Evite Buscar Validação Externa
Comentários de amigos ou conteúdos na internet podem reforçar o “ick”. Em vez de se deixar influenciar por opiniões externas, reflita sobre o que você realmente sente e quer para o relacionamento.
6. Lembre-se de Que Ninguém é Perfeito
Se você tem tendência a idealizar parceiros, pode ser que o “ick” esteja vindo da frustração de perceber que a pessoa não é perfeita. Aceitar que todos têm falhas pode ajudar a lidar melhor com essas pequenas imperfeições.
7. Reavalie Seu Próprio Medo de Compromisso
Se o “ick” sempre aparece quando um relacionamento começa a ficar sério, pode ser um mecanismo de autossabotagem. Tente refletir se há um padrão nisso e, se necessário, busque entender melhor seus medos em relação ao compromisso.
8. Converse com o Parceiro
Se o “ick” estiver ligado a algo específico que pode ser resolvido, uma conversa aberta pode ajudar. Abordar o assunto com respeito e leveza pode evitar que pequenos incômodos se tornem barreiras intransponíveis.
Fontes: UOL; Gizmodo; Glamurama; UOL
Bibliografia
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Buss, D. M. (2019). Evolutionary Psychology: The New Science of the Mind (6th ed.). Routledge.
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