ocitocina e sexo

Ocitocina: qual é a relação do “hormônio do amor” com o sexo?

Ocitocina e sexo tem tudo a ver! Esse é o hormônio conhecido principalmente pelo envolvimento com o parto e a amamentação. Por isso é chamado de “hormônio do amor”. Mas, como falamos, ele também tem relação com o sexo e pode se manifestar tanto no homem, quanto na mulher. Ele está ligado à empatia, confiança, construção de um relacionamento sólido e ao desejo sexual.

Diante isso, trouxemos uma matéria completa sobre o hormônio. Confira conosco a seguir.

O que é a ocitocina?

A ocitocina é um hormônio que muita gente chama de “hormônio do amor” ou “da conexão”, porque está diretamente ligada a momentos de afeto e proximidade. Ela nasce no nosso cérebro e é liberada sempre que vivemos situações de vínculo, como no abraço de alguém querido, no olhar carinhoso de um parceiro, no aconchego entre mãe e bebê ou até mesmo em momentos simples de cuidado e confiança.

Durante o parto e a amamentação, por exemplo, ela tem um papel essencial, ajudando nas contrações e na produção do leite, mas o efeito mais bonito da ocitocina é o que sentimos no coração: aquele calor que aproxima, acalma e faz a gente se sentir mais seguro ao lado de quem gosta.

É como se fosse uma cola invisível que une pessoas, fortalecendo laços e trazendo a sensação de que não estamos sozinhos no mundo.

Como a ocitocina é produzida?

A ocitocina nasce dentro do nosso cérebro, numa região chamada hipotálamo, e é liberada pela hipófise, mas o mais interessante é perceber que ela aparece sempre que vivemos momentos de conexão verdadeira.

É como se o corpo tivesse aprendido a transformar carinho em química. Quando uma mãe entra em trabalho de parto ou começa a amamentar, a ocitocina surge em grandes quantidades para ajudar nesse processo e, ao mesmo tempo, fortalecer o vínculo entre ela e o bebê.

Mas não é só na maternidade que isso acontece. Esse hormônio também é liberado em situações simples do dia a dia, como no abraço demorado de quem amamos, no toque de mãos que transmite segurança, no sorriso que traz aconchego ou até quando acariciamos um animal de estimação que nos olha com afeto.

A produção da ocitocina mostra, de forma muito bonita, como nosso corpo responde ao amor, ao cuidado e à proximidade, transformando emoções em algo físico que nos faz sentir mais leves, conectados e seguros.

Qual é a relação da ocitocina com o sexo?

A ocitocina tem tudo a ver com o sexo porque ela é o hormônio que dá aquele toque especial de conexão e carinho além do prazer físico. Durante a relação, e principalmente no orgasmo, o corpo libera bastante ocitocina, e é isso que faz muitas pessoas sentirem uma sensação de calma, afeto e proximidade depois do momento mais intenso.

Sabe aquela vontade de ficar abraçado, de trocar carícias ou simplesmente de ficar junto em silêncio depois do sexo? Grande parte desse sentimento vem justamente da ocitocina, que aproxima os parceiros e fortalece o vínculo.

Ela transforma o ato em algo mais profundo, fazendo com que não seja só sobre desejo, mas também sobre intimidade, confiança e amor. É como se fosse um lembrete biológico de que, além do corpo, existe também uma ligação emocional sendo construída naquele encontro.

Como a ocitocina age nas mulheres e nos homens?

A ocitocina age em mulheres e homens de uma forma muito bonita, aproximando, criando laços e trazendo aquela sensação de aconchego que todo mundo reconhece quando está perto de quem gosta.

Nas mulheres, ela aparece com mais intensidade em momentos como o parto e a amamentação, ajudando o corpo a se preparar e, ao mesmo tempo, fortalecendo o vínculo com o bebê desde os primeiros instantes de vida.

Mas ela também se manifesta fora da maternidade, em situações de carinho, intimidade e confiança no dia a dia. Já nos homens, a ocitocina também é liberada durante o sexo, em um abraço apertado ou em gestos de cuidado, despertando sentimentos de proximidade e conexão.

Embora se fale mais dela no corpo feminino, nos homens ela também atua como um lembrete de que eles não vivem só de razão ou força, também precisam de afeto, acolhimento e vínculo.

A ocitocina mostra que, independentemente do gênero, somos todos feitos para amar, confiar e nos sentir parte de algo maior junto de outras pessoas.

Quais são os sintomas da falta de ocitocina?

1. Dificuldade em criar vínculos emocionais

Quando a ocitocina está em níveis baixos, pode ser mais difícil sentir aquela conexão natural com as pessoas. A aproximação pode parecer mais “forçada”, como se algo estivesse faltando para transformar um simples contato em um laço afetivo verdadeiro.

2. Sensação maior de solidão

A ocitocina é o hormônio da proximidade e do acolhimento. Sem ela em equilíbrio, a solidão pode bater mais forte, mesmo quando se está cercado de pessoas. É como se faltasse o aquecimento que o coração sente em momentos de carinho.

3. Ansiedade e estresse em excesso

Esse hormônio ajuda a trazer calma e bem-estar. Com níveis baixos, o corpo pode ficar em alerta constante, aumentando a sensação de ansiedade e dificultando momentos de relaxamento.

4. Queda da empatia e da confiança

A ocitocina está ligada à capacidade de se colocar no lugar do outro e confiar nas pessoas. Quando falta, pode surgir uma dificuldade maior em acreditar nos relacionamentos ou em perceber e acolher os sentimentos de quem está por perto.

5. Problemas no sono

Como a ocitocina ajuda o corpo a relaxar, sua ausência pode dificultar o descanso, deixando as noites mais agitadas e o sono menos reparador.

6. Diminuição do desejo e da intimidade

A ocitocina também é importante no campo sexual e afetivo. Sem ela, pode haver menos disposição para buscar proximidade física ou emocional, fazendo com que o relacionamento perca um pouco do calor e da cumplicidade.

7. Maior propensão a tristeza e depressão

Baixos níveis de ocitocina estão ligados ao aumento de sentimentos de vazio e desânimo. Isso acontece porque ela é uma das responsáveis por trazer bem-estar e sensação de acolhimento, funcionando quase como um antídoto natural contra a tristeza.

Fontes: Cuf; Longevidade Saudável; Essentia; Brasil el Pais; CNN

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAMPOS, Ana Claudia de. Hormônios e comportamento: o papel da ocitocina nas relações sociais. Revista Brasileira de Ciências do Comportamento, v. 12, n. 2, p. 45-58, 2019.

FREITAS, Maria Carolina; OLIVEIRA, João Pedro de. A ocitocina e sua influência no comportamento humano: uma revisão teórica. Revista Psicologia em Estudo, Maringá, v. 25, n. 3, p. 1-12, 2020.

GOMES, Rafael A.; SOUZA, Lúcia M. de. Ocitocina: aspectos fisiológicos e implicações nas relações interpessoais. Revista Brasileira de Neurociências, São Paulo, v. 27, n. 1, p. 89-101, 2018.

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