Dominatrix, ou dominadora, como também são conhecidas, é quem desenvolve o papel dominante nas práticas BDSM. Diferente do que muitos pensam, as dominatrix podem ser de qualquer orientação sexual. E seus submissos não se resumem apenas em homens.
Quem busca por essas mulheres quer explorar o prazer de outras formas. Ficam sexualmente satisfeitos em desenvolver o papel de submisso. No entanto, não é tão simples assim ocupar esse papel, visto que é preciso algumas técnicas para praticar BDSM. É uma prática que exige cuidado, atenção e compreensão com o outro lado.
O que é uma dominatrix e o que ela faz?
De acordo com Lady Lilith, dominadora profissional, dá-se esse nome “a mulher que exerce o controle psicológico e físico sobre um parceiro(a) submisso(a)”. Ou seja, trata-se de uma mulher com o papel ativo durante a prática BDSM. Segundo ela, ser dominatrix é poder libertar os desejos mais profundos do poder.
Essas mulheres têm o papel de satisfazer os desejos que muitas vezes são vistos como “exóticos”. Ainda de acordo com Lady Lilith, o “prazer sádico de uma dominatrix está em proporcionar a obediência e controle sob um submisso”. Mas ela deixa claro que nada é feito no impulso.
Portanto, tudo que acontece ali é consensual e conversado antes das sessões. É preciso respeitar os limites da dominadora e do dominado. Define-se algumas palavras ou sinais. Eles então são usados para parar a sessão, caso seja necessário.
O que acontece em uma sessão com uma dominatrix?
Os clientes que buscam por uma dominatrix esperam encontrar algo diferente. Eles querem ir além do que as profissionais do sexo tradicionalmente proporcionam. Então, durante a dominação, é normal ser amarrado, receber ordens e levar palmadas, por exemplo.
A prática pode até ser um pouco mais intensa, com chicotadas e outros meios de causar dor, sempre dentro do limite combinado e do prazer consensual de quem procura esse tipo de experiência.
Embora pareça algo bastante agressivo para quem vê de fora, na verdade são práticas básicas dentro do universo BDSM, feitas com técnica, cuidado e intenção clara. Para muita gente, são justamente esses estímulos que despertam sensações únicas, misturando adrenalina, entrega e excitação.
A dominatrix costuma trabalhar fantasiada de uma forma muito específica, com roupas que reforçam sua postura de poder. Esses trajes criam todo um clima, despertam a imaginação e ajudam os envolvidos a entrar no personagem.
Sendo assim, ao procurar por uma dominatrix, não se assuste. É comum encontrar máscaras, mordaças, algemas, chicotes, vibradores, chibatas e uma infinidade de acessórios. Tudo isso faz parte do ambiente criado para que a experiência seja intensa, segura e completamente consentida.
Origem e história
De acordo com as histórias, as dominatrix surgiram há milhares de anos. Mais precisamente nos rituais da Deusa Inanna, na antiga Mesopotâmia. Segundo textos antigos, havia uma mulher poderosa agindo como dominante naquela região. Mas ela não atendia pessoas comuns, e sim deuses poderosos em busca de tratamentos submissos.
Além disso, o conto de Fílos e Aristóteles também apresenta uma suposta dominatrix. De acordo com ele, uma mulher dominadora teria seduzido e dominado aquele que é conhecido como o maior filósofo da história. Fílis teria obrigado Aristóteles a ficar sobre quatro apoios no chão. Posteriormente, teria cavalgado em suas costas.
No entanto, a profissão dominatrix só se originou mesmo com a especialização em bordéis. Esse papel aparece em várias gravuras eróticas antigas. Uma delas está no Museu Britânico. Trata-se da “The Cully Flaug’d”.
O século XIX é conhecido como Era de Ouro para as dominadoras na Europa. De acordo com documentos antigos, pelo menos vinte estabelecimentos existiam na década de 1840 só no Reio Unido. Todos apoiados totalmente por práticas de flagelação, ou melhor, dominação. Eram conhecidos apenas como “Casas da Disciplina”.
O estilo como conhecemos, com roupa de couro e látex, por exemplo, surgiu somente no século XX. Isso porque, no começo, as dominadoras só atuavam de forma discreta e clandestina. Isso dificultava o rastreamento das mesmas. Na época considerava-se bizarra a posição dos dominados.
Irônico porque, já nessa época, os clientes das profissionais incluíam grandes políticos e empresários. Sendo assim, tudo caminhou para que hoje se tornasse uma profissão. Aliás, é importante acrescentar: diferente do que muitas pessoas pensam, dominatrix não são prostitutas.
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Fontes: Dicas de Mulher; Mayumi Sato; Apimentou
