Contato Zero

Contato zero: por que se desconectar é tão importante?

O término de um relacionamento está entre as piores experiências de uma pessoa. É como perder alguém fisicamente. Por isso existe o chamado “período de luto”, por exemplo. Mas existem algumas atitudes que podem nos ajudar, como o contato zero, por exemplo. Essa é uma maneira de tentar superar esse período o mais rápido possível.

É o ato de cortar todas as formas de comunicação com a ex-parceria. No entanto, não é tão simples assim. E nós vamos te explicar os motivos. Confira a seguir.

O que é a regra do contato zero?

Bom, a regra é bem simples! O contato zero envolve cortar por completo toda a comunicação com a pessoa com quem estamos tentando nos afastar. Nesse caso, trata-se da ex-parceria. Essa é uma maneira de se blindar a longo prazo.

A atitude inclui mensagens de texto, contato nas redes sociais, ligações telefônicas e qualquer tipo de interação. O principal objetivo é criar um espaço seguro e longe de qualquer influência que possa atrapalhar o processo de cura ou, como sabemos que pode acontecer, enfraquecer a carne e reacender o interesse, o que nem sempre é algo bom.

Em quais casos o contato zero é recomendado?

1. Relacionamentos desgastantes

Esse é o principal caso. É recomendado cortar por completo a interação com ex-parceiros quando notar comportamentos narcisistas, tóxicos e que desgastem a saúde mental. Esses traços destrutivos precisam ser abandonados, mesmo que forçados.

2. Trabalho ruim

Como falamos, não é somente um relacionamento amoroso que pode ser desgastante e precisar de um corte. Um trabalho sugador, que exige muito de nós e não nos recompensa como necessário, também merece ser deixado de lado. E, ao sair da empresa, aplique o contato zero cortando qualquer vínculo que possa levar até ela.

3. Familiares tóxicos

Ser parte da família não é sinônimo de viver em um jardim florido. Existem familiares tóxicos, que nos colocam para baixo e querem nos sugar a todo custo. Então, é importante deixar de lado. Não é errado fugir de quem nos faz mal, independente da ligação familiar.

Qual é a importância do contato zero?

1. Reconstrução da autoestima

Esse é um dos principais motivos do contato zero após o término. Nesse período, é comum que nossa autoestima se abale. Então, essa atitude permite que redirecionemos todo o nosso foco a nós mesmos, o que é de extrema importância para reconstruir a autoconfiança e a identidade pessoal.

2. Fim da dependência

Manter o contato com o ex-companheiro pode intensificar um ciclo de dependência emocional, onde o sentimento de separação é constantemente reativado. O contato zero ajuda a quebrar por completo esse ciclo, permitindo que a mente e o coração comecem a se curar.

3. Reavivar o interesse

Quando nos afastamos, saímos de vista, permitimos que a outra pessoa sinta essa ausência e perceba o valor de sua presença quando a tenha. Isso pode, em várias situações, reacender a chama do interesse e permitir possíveis reconciliações capazes de causar danos futuros.

4. Redução da dor

Todas as interações, mesmo que sejam pequenas, podem reabrir feridas que já estavam cicatrizando. Isso prolonga a dor emocional. Contato zero pode ser o auxílio para minimizar essas reaberturas, o que deixa o processo de cura mais fácil.

5. Clareza emocional

Quando cortamos aquele contato merecido, estamos ao mesmo tempo dando a nós mesmos o espaço que precisamos para pensar sobre o relacionamento e sobre nós mesmos. Esse período é essencial para que possamos entender o que queremos e o que precisamos para ficar bem.

Como colocar o contato zero em prática?

1. Exclua os gatilhos

Bloqueie ou silencie a pessoa nas redes sociais. Se possível, na agenda do celular também. Exclua todas as mensagens que havia trocado com ela e evite estar em lugares que possam lhe trazer lembranças de momentos juntos.

2. Defina os limites

Decida quais formas de comunicação você irá cortar e seja firme nessa decisão. Uma dica: informe a pessoa sobre essa escolha. Isso pode deixar o processo mais fácil e evitar mal-entendido.

3. Foque em você mesma

Esse período é perfeito para você investir em coisas que gosta de fazer, como explorar novos hobbies e, o mais recomendado, cuidar da saúde física e mental. Estar em paz consigo mesma faz com que esteja com o restante do mundo!

4. Procure apoio

Se decidir manter contato zero, comunique isso aos amigos e familiares. Não é uma tarefa fácil e requer tempo. Então, procure apoio de quem você ama. Eles podem oferecer o suporte emocional que te ajudará a manter essa decisão.

O que não fazer no contato zero?

1. Stalkear a pessoa

Não fique olhando os stories, publicações ou curtidas da pessoa. Esse é um erro comum, em que a pessoa tenta decifrar as indiretas, mas só acaba mostrando que você ainda está emocionalmente presa.

2. Perguntar coisas sobre a pessoa

Não fique perguntando aos amigos sobre a pessoa que você deseja manter distância. Isso cria um contato direto e alimenta a expectativa, além de poder virar um grande drama. Também impede de você seguir seu caminho e encontrar felicidade em outro lugar.

3. Mandar mensagem

Não importa a situação, evite mandar mensagem. Não queira saber como a pessoa está ou queira buscar algo que esqueceu na casa dela. Esse tipo de coisa quebra por completo o contato zero. Qualquer contato pode abrir brecha emocional.

4. Se culpar

O contato zero não é um tipo de maldade, punição ou vingança. Essa atitude é de autocuidado. É normal sentir culpa, mas não fique se torturando com esse pensamento. Respeite o seu tempo e seus limites.

5. Responder se ele mandar mensagem

O objetivo disso é dar espaço para você se curar. Então, mesmo se receber uma mensagem, não responda. Não estenda esse contato. O mais recomendado é bloquear aquele meio que ele utilizou.

Fontes: Viviane Psicologia; Wikihow; A Mente é Maravilhosa; Psicologia Online

Referências Bibliográficas

  • Cantú Rodríguez, M. B. (2016). MUJERES EN PAREJAS INTERMITENTES Y SU PERCEPCIÓN DE LA ANSIEDAD EN LA RELACIÓN. Revista Electrónica de Psicología Iztacala19(2).
  • Hoyos, M. L., Arredondo, N. H. L., & Echavarría, J. A. Z. (2007). Distorsiones cognitivas en personas con dependencia emocional. Informes psicológicos9, 55-69.

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