emoções humanas

Como as emoções humanas são formadas?

De acordo com a psicóloga e mestre em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem pela Unesp (Universidade Estadual de São Paulo), Natália Orti, as emoções humanas estão divididas entre primárias e secundárias! As primárias são denominadas pela tristeza, raiva, alegria, medo, nojo e surpresa.

Enquanto isso, as emoções secundárias podem variar de pessoa para pessoa e sofrem fortes influências culturais. Podemos citar alguns exemplos como: vergonha, culpa, ciúmes e admiração, por exemplo. Mas, como elas são realmente formadas? Trouxemos mais informações sobre o assunto. Confira a seguir.

O que são as emoções?

As emoções humanas são estados psicológicos e fisiológicos complexos que surgem da interação entre processos neurológicos, experiências pessoais e fatores ambientais. Elas moldam a forma como percebemos e reagimos ao mundo, influenciando pensamentos, comportamentos e decisões.

Entre as principais emoções, encontram-se alegria, tristeza, medo, raiva, surpresa e nojo, consideradas universais e presentes em todas as culturas. O sistema límbico, especialmente a amígdala, regula essas respostas emocionais, processa estímulos e desencadeia reações automáticas, como o aumento da frequência cardíaca ou a liberação de hormônios do estresse.

Além disso, fatores sociais e culturais influenciam tanto a maneira como as pessoas expressam emoções quanto a forma como as interpretam. As emoções também exercem um papel essencial na comunicação interpessoal, fortalecendo laços sociais e permitindo que os indivíduos compreendam melhor as intenções e sentimentos dos outros.

Embora algumas emoções surjam de forma espontânea e instintiva, outras podem ser moduladas pela razão e pelo autocontrole, refletindo a interação complexa entre emoção e cognição no comportamento humano.

Como as emoções humanas são formadas?

1. Ativação de estímulos externos e internos

As emoções podem surgir tanto de estímulos do ambiente quanto de processos internos, como pensamentos ou memórias. Situações como um perigo iminente, uma lembrança feliz ou uma conversa significativa podem desencadear respostas emocionais.

2. Processamento pelo cérebro

O sistema límbico, especialmente a amígdala, processa os estímulos e avalia sua relevância emocional. A amígdala identifica ameaças e ativa respostas de medo ou alerta, enquanto o córtex pré-frontal ajuda a interpretar e regular essas reações. Outras áreas, como o hipocampo, associam emoções a memórias e experiências passadas.

3. Resposta fisiológica

Uma vez que o cérebro reconhece e interpreta a emoção, ele aciona respostas fisiológicas. O sistema nervoso autônomo regula mudanças no corpo, como aumento da frequência cardíaca, dilatação das pupilas ou liberação de hormônios como adrenalina e cortisol. Essas reações ajudam a preparar o organismo para agir conforme a emoção experimentada.

4. Experiência subjetiva

Cada pessoa sente e interpreta as emoções de maneira única. Experiências de vida, cultura e personalidade influenciam essa percepção. Por exemplo, uma mesma situação pode gerar alegria para alguém e ansiedade para outra pessoa, dependendo de suas vivências anteriores e crenças.

5. Expressão e comportamento emocional

As emoções frequentemente se manifestam por meio da expressão facial, postura, tom de voz e gestos. Além disso, elas influenciam o comportamento, levando a reações como sorrir quando se sente felicidade ou evitar uma situação que gera medo. A forma de expressar emoções também depende do contexto cultural e social.

6. Regulação emocional

Nem todas as emoções são expressas de forma imediata ou intensa. O cérebro conta com mecanismos de regulação emocional, que ajudam a controlar a intensidade das emoções e a adequá-las ao contexto. O córtex pré-frontal desempenha um papel fundamental nesse processo, permitindo que uma pessoa raciocine sobre suas emoções e decida como agir diante delas.

A formação das emoções, portanto, envolve uma complexa interação entre o cérebro, o corpo e o ambiente, moldando a forma como cada indivíduo percebe e responde ao mundo ao seu redor.

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Fontes: National Geographics; Curso Sead; Friends Bee; Dr. Italo Rocha

Referências Bibliográficas

DAMASIO, A. R. O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

LEDOUX, J. O cérebro emocional: os mistérios da vida emocional explicados pelo cérebro. São Paulo: Objetiva, 1998.

EKMAN, P. Emotions Revealed: Recognizing Faces and Feelings to Improve Communication and Emotional Life. New York: Henry Holt and Company, 2003.

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