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Tolyamor: o que é e como funciona esse tipo de relação?

Existem várias maneiras de se relacionar, e alguns termos têm ganhado destaque, especialmente nas redes sociais. Expressões como “amizade colorida”, “monogamia” e “poliamor” são bem conhecidas. No entanto, algo que está ganhando força, mas ainda é pouco familiar para muitos, é o “tolyamor“.

Esse tipo de relacionamento divide opiniões, pois envolve traições e consentimento na prática. Para esclarecer melhor, trouxemos mais detalhes sobre o assunto a seguir. Confira conosco.

O que é o tolyamor?

O termo “tolyamor,” criado por Dan Savage, é uma combinação de “tolerar” com “poliamor.” Ele descreve uma dinâmica única e intrigante, onde um ou ambos os parceiros toleram relações sexuais ou românticas externas sem uma discussão explícita, como ocorre no poliamor.

Dan Savage explica que o tolyamor se aplica àqueles que preferem fechar os olhos para pequenas traições, focando nas demonstrações de comprometimento e amor dentro da relação. A pesquisadora de relacionamentos Marie Thouin descreve esse comportamento em casais monogâmicos que ignoram a infidelidade para preservar a relação. Um exemplo citado por ela é o relacionamento entre Hillary e Bill Clinton.

Diversos fatores podem influenciar o tolyamor, como a crença de que a monogamia vitalícia é impraticável, a desigualdade de gênero — onde se espera que as mulheres aceitem infidelidades dos parceiros —, e o status socioeconômico, que pode levar à aceitação da infidelidade para evitar as dificuldades de uma vida de solteira.

Quais são os fatores que influenciam o tolyamor?

Existem vários motivos pelos quais algumas pessoas entram nessa dinâmica de “tolyamor”, mesmo que não seja a sua maior preferência quando o assunto é se relacionar. Um dos motivos é a cultura de acreditar que a monogamia ao longo da vida não funciona e que a relação sexual extraconjugal poderá acontecer mais cedo ou mais tarde.

“Além disso, sociedades em que a igualdade de gênero é menos avançada tendem a ter padrões duplos no que diz respeito a estas expectativas: espera-se que as mulheres tolerem a infidelidade dos seus maridos, embora permaneçam monogânicas”, disse Marie Thouin.

Como foi dito antes, o status socioeconômico também desempenha um papel importante no comportamento. Se a mulher depende do parceiro, por exemplo, ela terá maior chance de tolerar uma traição, porque aos olhos dela, ficar solteira pode ser pior.

A existência do tolyamor mostra como as pessoas não estão abertas a se comunicar de forma clara, uma vez que o dominante é o medo de se expressar. Isso está introduzido na relação! Terminar o relacionamento costuma ser algo difícil.

Qual é a diferença entre tolyamor e poliamor?

Tolyamor é um neologismo que combina “amor” e “tolerância”. No poliamor é diferente, uma vez que, nesse tipo de relação, todas as partes envolvidas estão totalmente cientes e de acordo com os relacionamentos alternativos. O tolyamor pressupõe uma aceitação tática ou explícita de traições.

Em outras palavras, os parceiros concordam em manter a relação mesmo tendo conhecimento da infidelidade. Segundo uma pesquisa realizada pela YouGov, com pessoas de 18 a 29 anos, essa é a faixa etária mais aberta a relacionamentos não monogâmicos. A maioria dos entrevistados (62%) afirmou que estariam dispostos a tentar relacionamentos abertos.

A dinâmica de relacionamento onde um lado ou os dois parceiros toleram a ocorrência de traição com pessoas de fora. Diferente do poliamor, que envolve um acordo prévio, discutido entre os parceiros para manter o relacionamento aberto, o tolyamor não costuma ter essa comunicação e concordância prévia.

Fontes: Jornalista Intolerante; Metrópoles; Vox90; Informe Baiano

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