Queef, ou flatos vaginais, como também são conhecidos, não é nenhum bicho de sete cabeças! Muitas mulheres já passaram por isso no sexo. É quando, durante a penetração, o ar é expelido da vagina, fazendo um barulho como se fosse um pum. Isso não acontece somente durante o sexo, embora seja mais comum durante as relações sexuais.
Trata-se de um fenômeno natural do corpo feminino, e exatamente por isso não deveria ser motivo de vergonha. Por ser pouco conhecido, as mulheres tendem a se culpar por algo que não está sobre seu controle e que, ressaltando mais uma vez, é perfeitamente normal!
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O que é e o que causa o queef?
Queef ou queefing é um fenômeno fisiológico do corpo feminino. Trata-se da liberação de ar pela vagina. Geralmente isso acontece durante alguma atividade física, como abdominais e agachamentos ou, como é mais comum, durante as relações sexuais.
Algumas posições, como a de quatro, fazem com que isso aconteça com mais facilidade. Diferente do que muitos acreditam, não é um tipo de “pum” expelido pela vagina, já que não se trata de gás intestinal, mas sim do ar que entrou ali pela própria entrada vaginal.
Durante o sexo, quanto mais o parceiro tira o pênis ao realizar os movimentos de vai e vem, maior a probabilidade de que o ar seja expelido.
É possível evitar os flatos vaginais?
Devido ao constrangimento, muitas mulheres buscam formas de evitar que isso aconteça. No entanto, não é possível! Mulheres que tiveram filhos são especialmente mais suscetíveis desde a gravidez até o parto. Isso acontece porque acontece um afrouxamento do assoalho pélvico durante esse tempo.
Mas, de acordo com profissionais, existem métodos para lidar com o queef com menos frequência. Uma dica é praticar exercícios que fortalecem a musculatura pélvica. De acordo com a ginecologista Dra. Fátima, “o exercício pélvico pode ser feito sempre que tiver alguns minutinhos disponíveis para concentrar na movimentação dos músculos. Com ele, é possível obter maior controle sobre o assoalho pélvico, e isso pode prevenir futuras queefs.”
Por que você não deveria se envergonhar?
Embora o medo disso acontecer seja alto, não é algo absurdo. De acordo com a Dra. Fátima, por se tratar de algo natural do corpo, não deveria ser levado como constrangedor. “O sexo envolve corpo, e eles às vezes fazem coisas estranhas. Pode ser constrangedor de cara, mas rir disso é a melhor solução”, disse.
Uma dica importante é: nas relações, o melhor a se fazer é tentar desmistificar o assunto, assim você e seu parceiro levam na boa quando acontecer. Conversar sobre sexo é importante. Esse é um dos pilares da boa relação. Se os queefs acontecerem com frequência, então o ideal é falar sobre isso para não afetar a relação com a vergonha.
“Lembre-se de que é tudo natural. E se algo natural se tornar incômodo, é reflexo do machismo estrutural”, alertou a profissional.
Fontes: Glamour; Psicanalise Clínica; Ramada Moa