A forma como você se sente, como você se enxerga e leva a vida, tem muito a ver com a autoestima. A sua satisfação com o próprio corpo e com o que você é, influencia todas as outras áreas da sua vida. É possível afirmar que autoestima e sexualidade caminham lado a lado.
Quando um está baixo, pode afetar diretamente o outro. Então, é importante se atentar aos sinais para viver da melhor forma. Nesse texto nós mostramos como é essa ligação. Confira a seguir.
O que é e como se forma a autoestima?
A autoestima nada mais é do que o jeito como a gente se olha por dentro e por fora, o valor que damos a nós mesmos e a confiança que temos em nossas escolhas e capacidades. É como se fosse uma espécie de espelho interno que, quando está bem ajustado, conseguimos enxergar nossas qualidades com clareza, aceitar nossos defeitos com mais leveza e, principalmente, nos sentir merecedores de amor, respeito e coisas boas.
Ela começa a ser construída lá atrás, ainda na infância. Cada abraço recebido, cada palavra de incentivo, cada olhar de aprovação de quem cuidou da gente foi deixando marcas que ajudaram a formar essa imagem que carregamos sobre nós mesmos.
Mas não é só o passado que conta. Ao longo da vida, a autoestima continua sendo moldada pelas experiências que temos. Uma conquista no trabalho, uma amizade verdadeira, uma relação saudável ou até um desafio superado, tudo isso fortalece o modo como nos reconhecemos e nos valorizamos.
Quando a autoestima está em equilíbrio, a vida parece mais leve. A gente se sente capaz de encarar dificuldades, recebe críticas sem se destruir por dentro e consegue celebrar até as pequenas vitórias. Já quando ela está fragilizada, é como se a voz interior virasse uma espécie de juiz severo. Surgem inseguranças, comparações constantes e aquela sensação de nunca ser bom o suficiente.
O que influencia a formação da autoestima corporal?
A autoestima corporal não depende só do espelho, mas também das histórias que o corpo carrega. Mudanças naturais, como envelhecer, cicatrizes ou transformações da vida, influenciam muito essa relação. Também pesa a comparação silenciosa que fazemos, seja com outras pessoas ou até com versões antigas de nós mesmos, o que pode nos afastar de aceitar quem somos hoje.
O cuidado diário também faz diferença! Descansar bem, se alimentar com carinho e se movimentar de formas prazerosas não fortalecem apenas a saúde, mas também o olhar mais gentil para o corpo. E até a forma como falamos de nós mesmos conta. Críticas constantes nos enfraquecem, enquanto palavras de acolhimento nos ajudam a construir uma autoestima corporal mais leve e verdadeira.
O que é a sexualidade?
A sexualidade é parte de quem somos, algo que vai muito além do ato sexual. Ela aparece no jeito como sentimos desejo, expressamos carinho, nos relacionamos com o nosso corpo e nos conectamos com outras pessoas. Vai mudando ao longo da vida, acompanhando nossas descobertas, experiências e até fases diferentes da nossa história.
Cada um vive a sexualidade de um jeito único, influenciado pelo que aprendeu, pelas crenças, pelos vínculos que construiu e pelo quanto consegue se permitir sentir. Mais do que regras ou padrões, o que importa é que ela seja vivida com respeito, liberdade e verdade.
A sexualidade é sobre se reconhecer, se permitir sentir prazer e criar laços que fazem sentido para o coração e para o corpo.
O que influencia a sexualidade saudável?
Uma sexualidade saudável nasce do conhecimento e do cuidado com nós mesmos. É entender o que nos faz bem, respeitar nossos limites e desejos, e permitir-se sentir prazer de forma consciente e segura. Quanto mais nos conhecemos e nos aceitamos, mais leve e verdadeira se torna a relação com o próprio corpo e com nossas emoções.
Ela também se fortalece em relações de respeito, carinho e confiança, onde a intimidade acontece de forma natural, sem pressões ou julgamentos. Embora a sociedade e a educação que recebemos influenciem nossa visão sobre sexo, no fundo, viver a sexualidade de forma saudável é se permitir se expressar, se conectar com os outros e consigo mesmo, com liberdade, cuidado e gentileza.
Qual é a relação entre a autoestima e a sexualidade?
A autoestima e a sexualidade caminham juntas de um jeito muito íntimo. Quando nos sentimos bem conosco, com nossas qualidades e imperfeições, surge uma segurança natural que nos permite nos entregar ao prazer, ao carinho e à intimidade sem medo ou culpa.
É como se se respeitar e se valorizar abrisse portas para sentir e se conectar de verdade, com nosso corpo, com nossos desejos e com quem escolhemos compartilhar esse espaço.
Por outro lado, quando a autoestima está abalada, é comum surgir insegurança, medo de julgamentos e desconforto com o próprio corpo, tornando mais difícil se abrir para a intimidade e para o prazer.
Cuidar de si, se olhar com gentileza e aceitar quem somos não é apenas um ato de amor-próprio, mas também a base para viver a sexualidade de forma saudável, leve e verdadeira. Quanto mais nos acolhemos, mais conseguimos nos permitir sentir, se expressar e criar vínculos sinceros e afetivos.
Fontes: Clínica Plenamente; Tania Gewehr; Lab Checap; Inspire 360; Dr Paulo; UESB; Brasil El País
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Silva, Monalisa Nanaina da. Influência da Autoestima na Saúde Sexual e Reprodutiva de Jovens Universitárias: Análise sob a Ótica Racial. Universidade de São Paulo, 2022.
Instituto F.D. Sexualidade e Saúde Mental: Uma Conexão Importante.
Explora a importância da educação sexual para promover uma saúde mental equilibrada e uma sexualidade saudável.
Instituto de Psiquiatria PR. Importância da Saúde Sexual para a Saúde Mental.
Discute como a saúde mental impacta a vida sexual, destacando fatores como autoestima, comunicação e desejo sexual.
