desodorante íntimo

Desodorante íntimo: como funciona e é saudável usar?

Na busca pela higiene pessoal, muitas pessoas recorrem ao desodorante íntimo. Embora seja utilizado como complemento e para deixar um cheiro mais agradável, o produto pode oferecer alguns riscos, principalmente se utilizado da forma incorreta.

Vale ressaltar, antes de tudo, que o próprio corpo já faz a higienização adequada se não houver algum tipo de doença. Diante do assunto que divide tantas opiniões, decidimos trazer mais informações a respeito. Confira a seguir.

O que é o desodorante íntimo?

O desodorante íntimo é um produto de higiene pessoal desenvolvido especificamente para a região íntima externa. Sua principal função é auxiliar no controle de odores naturais e oferecer uma sensação prolongada de frescor ao longo do dia.

Diferentemente dos desodorantes tradicionais utilizados nas axilas, sua fórmula é mais leve e equilibrada, pensada para respeitar o pH da região íntima, que é mais sensível.

Esse tipo de produto não é essencial para a higiene diária, mas pode ser usado como um complemento em situações específicas, como dias muito quentes, prática de atividades físicas ou durante o período menstrual.

É importante destacar que o desodorante íntimo deve ser aplicado apenas na parte externa da região genital e de forma moderada, sempre observando a reação da pele.

Em resumo, trata-se de um produto voltado para o bem-estar e conforto íntimo, que deve ser utilizado com consciência e, preferencialmente, com orientação sobre o tipo mais adequado para cada pessoa.

Como usar o desodorante íntimo?

1. Use apenas na região externa: o desodorante íntimo deve ser aplicado somente na parte externa da região genital. Nunca deve ser usado internamente, pois isso pode causar desequilíbrio da flora vaginal e aumentar o risco de irritações ou infecções;

2. Aplique com a pele limpa e seca: o ideal é usar o produto após o banho, quando a pele está higienizada e seca. Isso evita que bactérias se proliferem com a umidade e garante que o desodorante tenha melhor eficácia;

3. Se for spray, agite bem antes de aplicar: muitos desodorantes íntimos vêm em formato de spray. É importante agitar bem antes da aplicação para garantir que os ingredientes estejam bem misturados e funcionem como o esperado;

4. Mantenha uma distância segura ao aplicar: ao aplicar o spray, mantenha o frasco a uma distância de cerca de 15 cm da pele. Isso evita excesso de produto e minimiza o risco de irritação;

5. Use pouca quantidade: uma ou duas borrifadas são suficientes. Aplicar em excesso não aumenta o efeito e pode causar desconforto ou até reações alérgicas;

6. Evite o uso logo após depilar: após a depilação, a pele costuma estar mais sensível. Espere algumas horas ou até o dia seguinte para aplicar qualquer produto perfumado, inclusive desodorantes íntimos;

7. Observe a reação da sua pele: se sentir ardência, coceira, vermelhidão ou qualquer desconforto, suspenda o uso e procure orientação médica. Cada organismo reage de forma diferente.

É saudável usar o desodorante íntimo?

O uso do desodorante íntimo pode ser saudável, desde que seja feito com cuidado, moderação e com um produto adequado. Esses desodorantes são formulados especificamente para a região íntima externa, com pH compatível e ingredientes mais suaves.

Quando bem escolhidos, podem oferecer uma sensação de frescor e ajudar no controle de odores naturais, especialmente em situações como calor excessivo, suor intenso ou durante o período menstrual.

No entanto, é importante destacar que o desodorante íntimo não é essencial para a saúde íntima. O corpo humano já possui mecanismos naturais de proteção e equilíbrio, especialmente na região genital, que conta com uma flora própria e um pH específico. O uso excessivo ou inadequado pode interferir nesse equilíbrio, causando irritações, alergias e até infecções.

Além disso, é fundamental lembrar que o desodorante íntimo deve ser usado apenas na parte externa da região genital e nunca como forma de mascarar odores persistentes, que podem indicar algum problema de saúde. Nesses casos, o ideal é procurar um profissional de saúde.

Quais são as alternativas ao desodorante íntimo?

Embora o desodorante íntimo seja uma opção para quem busca mais frescor na região genital, ele não é indispensável. Existem alternativas simples e eficazes que ajudam a manter o conforto e a saúde íntima sem interferir no equilíbrio natural do corpo.

A principal delas é a higiene íntima adequada, feita com água e sabonetes suaves, próprios para a região, respeitando o pH da pele. O uso de calcinhas de algodão também faz diferença, pois permite a ventilação da área íntima e reduz a umidade, prevenindo odores indesejados. Evitar roupas muito justas ou tecidos sintéticos no dia a dia é uma dica importante.

Outros cuidados incluem a troca regular da roupa íntima, especialmente em dias quentes ou durante o período menstrual, e o uso ocasional de lenços umedecidos específicos, desde que sem fragrâncias ou álcool. Além disso, a hidratação adequada e uma alimentação equilibrada contribuem para o bom funcionamento do organismo e podem influenciar no odor natural do corpo.

Por fim, é essencial observar sinais do próprio corpo. Caso haja odores fortes ou persistentes, o ideal é buscar orientação médica, pois isso pode indicar algum desequilíbrio. Com hábitos saudáveis, é possível manter a região íntima limpa e confortável sem depender de produtos perfumados.

Aproveite para ler: Cosméticos eróticos: o que são e quais são os principais tipos?

Fontes: Clínica no Equilíbrio; UOL; Dr. Marcelo Ponte;

Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Saúde. Cuidados com a saúde da mulher: higiene íntima. Portal da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude. Acesso em: 24 abr. 2025.

FERREIRA, S. O.; SANTOS, L. P. dos. Avaliação dos efeitos de produtos de higiene íntima feminina sobre o pH vaginal. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 43, n. 2, p. 102–108, 2021. DOI: 10.1055/s-0041-1731235.

FONSECA, M. P.; CARVALHO, R. M. Higiene íntima e saúde vaginal: mitos, verdades e práticas recomendadas. Revista Saúde em Foco, v. 9, n. 1, p. 77–85, 2020.

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